quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Hahaha! Ai, que ricos...

Da página  "Magazine-notícias'
Reebido de Ana Gomes, via amiga Gabriella Machado
Recados para uma avó que vai ficar 
com os netos alguns dias em agosto
Paulo Farinha - Jornalista

• Deixei um saco com comida para os miúdos. Arroz sem glúten, massa sem glúten, bolachas sem açúcar, alfarroba desidratada e biscoitos de aveia e quinoa dos Andes.
• Não lhes dê bolos de pastelaria. Nem sumos de pacote. Nem leite de vaca. Nem chocolates. Nem leite com chocolate.
• Eles não comem nada que tenha açúcar refinado. Eu sei que a mãe faz um bolo de cenoura ótimo, mas se fizer use apenas açúcar amarelo. Mas só metade da dose. E cenoura biológica.
• Deixei também açúcar amarelo. É especial, extraído de cana-de-açúcar explorada de forma sustentável.
• Se eles insistirem muito para comer doces, dê-lhes uma peça de fruta biológica. Ou um abraço.
• O Pedro pode brincar com o iPad dele antes de ir para a cama. Mas não nos últimos 34 minutos antes de apagar a luz. É o que dizem os estudos mais recentes.
• Se ele ensaiar uma fita por causa disso, não o contrarie de mais. Não lhe tire o iPad das mãos à força. Dialogue com ele. Convença-o. Queremos que os miúdos tenham capacidade de argumentação e não queremos contrariá-los de mais, para não serem castrados na construção da sua personalidade. No fim, dê-lhe um abraço.
• O iPad é a única coisa eletrónica que o Pedro tem. O psicólogo dele dizia que não devia haver tecnologia nenhuma até aos 12 anos. Mudámos de psicólogo e o outro diz que pode haver, desde que tenha jogos que estimulem a parte do cérebro onde se constroem as emoções. Como ficámos baralhados, arranjámos um terceiro psicólogo, que disse para fazermos o que quisermos.
• Eles têm uma série de brinquedos de madeira e metal, feitos por artesãos velhinhos. Às vezes queixam-se que as rodas de lata não andam. Se for o caso, ajude-os a brincar com outra coisa qualquer, desde que não tenha plástico. Não queremos brinquedos de plástico.
• Se forem à feira e eles quiserem comprar bugigangas nos vendedores, compre-lhes uma rifa. Ou uma maçã. Ou dê-lhes um abraço.
• Todos os brinquedos devem ser partilhados. Não há brinquedo de menina e brinquedo de menino. Se o João quiser brincar com as bonecas de linho biológico da irmã, não há problema.
• Se ele quiser vestir as saias dela, também não há problema. Não queremos limitar a identidade de género dos nossos filhos.
• Há um saco com sabonete natural e champô à base de plantas medicinais sem aditivos químicos. Cheira um pouco mal, mas é ótimo para o cabelo.
• Mandei também umas toalhas de algodão biológico. Use só essas quando forem para a praia. São as melhores para o pH da pele deles.
• Todas as noites eles devem ouvir um pouco de música. Não pode ser o Despacito. O ideal é ser aquele CD de monges tibetanos. Aqueles sons são bons para o cérebro e para a digestão.
• Se eles quiserem subir às árvores, podem subir. Mas devem dar um abraço ao tronco antes disso. De preferência, devem agradecer à árvore antes de subirem para cima dela.
• Eles precisam de três abraços por dia. Pelo menos. Por favor não esqueça isso. E se puder, dê-lhes abraços de pele a tocar na pele. A energia positiva assim passa de forma mais eficaz.

PS 1: Mãe, não se enerve depois de ler isto tudo.
PS2: Cole este papel na porta do frigorífico, para não se esquecer de nada. Mas não use fita-cola, que isso tem plástico.
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Resposta da avó que ficou com os netos 
alguns dias nas férias
Paulo Farinha - Jornalista

• Olha, filha, não sei se percebi bem os recados que me deixaste. Dizias que a Matilde não come arroz, mas houve um dia em que ela quis provar do arroz de frango que fiz para mim e para o teu pai e gostou. E pediu para repetir. Duas vezes. Já não me lembro se vocês são vegetarianos ou não, se os miúdos comem carne às vezes ou só às terças e quintas, mas ela pareceu tão consolada que no dia seguinte fiz mais. E também gostou do sarrabulho.

• Não lhes dei bolos, como pediste. Mas o teu pai não leu os recados. E ele deu. Todos os dias ao fim da tarde iam dar um passeio com o avô e o cão e passavam por casa da tia Idalina, que lhes dava uns biscoitos. Só soube isto no fim das férias. Mas acho que os biscoitos são muito bons. Depois peço-lhe a receita para te dar. Mas ela não usa cá açúcar amarelo. Não há disso na aldeia.

• Comeram iogurtes e tivemos de comprar mais queijo porque eles acabaram num instante o que tínhamos cá em casa. Já não me lembro se podiam comer queijo ou não ou se era o leite de vaca que não podiam beber. Mas como é difícil arranjar leite de cabra, comprámos do outro na mercearia e não nos chateámos com isso. Não te chateies tu também.

• Não brincaram com o iPad. Enquanto estiveram cá na aldeia nem lhe mexeram. Mas adormeciam a ver televisão. Dizias uma coisa qualquer sobre ecrãs à noite, mas eu não percebi bem.

• Houve algumas birras. E numa delas o João fartou-se de chorar. Ele disse que ia ligar-te, mas o teu pai disse-lhe para ir mas é jogar à bola e estar calado e a coisa resultou.

• Não lhes comprei brinquedos de plástico na feira, como tu disseste. E eles ficaram amuados comigo e não quiseram voltar à feira mais nenhum dia, o que foi uma chatice. Que raio de ideia, filha. Isso não correu muito bem.

• O champô que mandaste para eles, aquele das plantas medicinais, cheirava mesmo mal. Tem paciência, mas lavei a cabeça dos teus filhos com o meu champô. É bem mais barato do que o teu. Andas a gastar uma fortuna numa coisa malcheirosa, filha.

• As toalhas de algodão armado ao pingarelho que tu mandaste são tão fofinhas e estavam tão bem arrumadas que as deixei estar no sítio. Tive medo de as estragar. Os teus filhos tomaram banho todos os dias e limparam-se às toalhas que havia cá em casa. E não lhes caiu nenhum pedaço de pele. Acho que fiz tudo bem.

• Querias que lhes desse três abraços por dia. Nuns dias dei mais, noutros não dei nenhum. E houve um em que me apeteceu dar um tabefe à Matilde, porque estava a fazer uma fita, mas depois acalmou.

• Não houve cá abraços a árvores. Esqueci-me. E houve um dia em que o Pedro caiu da árvore do quintal e fez uns arranhões. Acho que não tinha vontade nenhuma de dar abraços ao tronco.

• Aquela coisa de o João vestir as saias da Matilde é que me pareceu esquisito. Ele nunca pediu para vestir a roupa da irmã. Eu achei isso bem e fiquei contente.

• Todas as noites ouviram música, como pediste, mas não foi o CD dos monges tibetanos, que isso irritava o teu pai. Ouviam a música dos altifalantes da festa. Não querias o Despacito, mas ouviram isso umas dez vezes por dia. E o Toy também. E o Tony Carreira e o Emanuel.

• Só deves ver este papel quando acabares de tirar as coisas dos sacos dos miúdos. Deixei isto no fundo da mochila do Pedro de propósito. Assim, antes de saberes das coisas que não fiz como tu querias, viste os teus filhos e viste como estavam bem alimentados e cuidados.

PS: não precisas de colar isto na porta do frigorífico. Não quero que gastes fita-cola. Se tiveres alguma dúvida, telefona-me. É isso que as mães fazem: atendem o telefone às filhas para responder a dúvidas sobre os netos.


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Ainda Chico Buarque

Músicas de Chico Buarque ilustram 
nosso momento complicado
Marcius Melhem -  07/05/2017  

O cérebro faz associações que a gente não controla. E até por isso deve prestar atenção. 
Quando vi o foco que a imprensa deu à greve geral da semana passada, na hora me veio um trecho da música "Construção", de Chico Buarque.

"Morreu na contramão atrapalhando o tráfego."

Chico fez a inversão de importância como crítica, pra tocar na ferida. No caso da cobertura da greve, o dedo passou foi longe da ferida mesmo. A impressão é que a grande consequência de tudo aquilo foi atrapalhar o tráfego. Mas é disso que se trata quando pessoas saem às ruas em todo o Brasil?

Não sei o que Chico Buarque acha disso, mas sei que outras músicas dele poderiam –aí por associação voluntária– ilustrar nosso momento complicado.

A respeito de mensalões e petrolões, já vi usarem o trecho de "Vai Passar" que diz: "Dormia a nossa pátria mãe tão distraída, sem perceber que era subtraída em tenebrosas transações".

Sobre aquela votação no Congresso em que deputados aproveitaram a madrugada do acidente com o avião da Chapecoense pra desfigurar um pacote anticorrupção, "Cálice" iria bem: "Como é difícil acordar calado, se na calada da noite eu me dano".

A corrupção e a má gestão que devastaram economicamente o Rio de Janeiro poderiam desembocar no verso de "Futuros Amantes": "Quem sabe, então, o Rio será alguma cidade submersa".

Chico tem letras pra qualquer estratégia de defesa dos acusados de corrupção. "Todo o Sentimento" para os que não se assumem culpados ("onde não diremos nada, nada aconteceu") e "Anos Dourados" para os que resolvem delatar ("e deixo confissões no gravador")

A gafe mais recente de Temer, ao dizer que o Brasil precisa de um marido pouco tempo depois de reduzir a importância econômica das mulheres à sua presença nos supermercados, parece o verso de "Bom Conselho": "Aja duas vezes antes de pensar".

Voltando à greve geral, fiquei muito assustado com a quantidade de pessoas que usaram Chico pra gritar "Vai Trabalhar Vagabundo" a pessoas que exerciam seus direitos.

Se bem que isso soa até suave, perto da violência do cassetete no rosto daquele estudante de Goiânia, que se não estivesse sedado e em estado grave (até a hora em que entrego esta coluna), poderia dizer que estava ali porque "a gente quer ter voz ativa, no nosso destino mandar".

Realmente este é um país "que não tem conserto nem nunca terá".

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segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Entalada...

Resultado de imagem para desânimo

Os livros oficiais - História - passam a 'vol d'oiseau' sobre o período de 50 anos para cá. 
Para as novas gerações são fatos novos, daí esse sentimento de revolta e incredulidade diante de tanta desfaçatez. Quem já vive há mais tempo sabe que o país vem cavando o poço há muito tempo.... 

Comecei a assistir à série "Os dias eram assim" e fiquei decepcionadíssima porque, de verdade, os dias NÃO eram assim. Está tudo manipulado, muita coisa escamoteada, outras exageradas. 
Sei que é preciso uma certa 'licença poética' em obra ficcional, mas ali, até mesmo a partir do título, é bom respeitar a memória de quem viveu aquele tempo, observou, sofreu, entendeu o que acontecia e agora recebe na cara um produto enganoso, adulterado. Muito triste.  

Hoje, igual ao Riobaldo (do G.Rosa) - "estou depois das tempestades."

Sueli.

domingo, 27 de agosto de 2017

Para você, que preenche o mundo... Eberth Vêncio

Do site 'Revista Bula'

Para você, que preenche o mundo com um pouco mais
 de amor
Eberth Vêncio


Você, que dá bom dia a cavalo. Que não escoiceia. 
Que cumprimenta os estranhos, não maltrata animais. Mais do que isso, contrariando todas as recomendações em contrário, você se arrisca e conversa com eles. 
Você, que adota um cachorro. Que cria os filhos dos outros. 
Que atravessa a rua para abraçar um amigo que há tempos não vê. 
Que enxerga além das aparências. 
Que sai por aí, a distribuir abraços de forma perdulária. Que não poupa afeto. 
Que gosta de dar beijo e viajar de carro. Que desacelera, para o carro e gasta o tempo apreciando uma bela paisagem. 

Você, que não desprega os olhos de um filho doente, enquanto ele dorme. 
Que desliga a TV para se sentar na varanda e assistir à lua cheia se achando no céu estrelado. Você, que não vê graça nenhuma nas estrelas do vale-tudo. 
Que visita um amigo falido que foi à lona. Que chora com ele. Que oferece ajuda. 
Que doa um rim, sei lá. Que tem desapego material. 
Que banha moribundos. Que veste um defunto.
 Você, que gira com dignidade a roda da vida.

Que enche balões de borracha para divertir pacientes de um hospital especializado no tratamento do câncer. Você, que faz filantropia por questões humanitárias. 
Que não desiste do homem. Que não tem arma em casa. 
Que não assiste ao Datena. Que ama teatro e cinema. 
Que passa o maior ridículo tentando salvar o mundo com música, arte e poemas. 
Você, que até hoje sente remorsos por causa de uma crueldade pequena cometida durante a infância. Que não bate em criança. Que não grita com as pessoas. 
Que pede perdão, mesmo sem ter errado. Que não derruba árvore. 
Que semeia serenidade. Que acompanha a sua mãe nos bailes da melhor idade.

Que já perdeu algumas vezes para a morte, sempre de cabeça em pé. 
Que segura a mão de alguém com dor. Que tem imaginação, que voa alto no céu feito um condor. Você, que gosta de abrir um livro novo, de forma aleatória, 
para cheirar as páginas do meio e se entorpecer com o cheiro da história. 
Que ainda dá livros de presente. Que organiza um sarau. 
Que visita um asilo. Que não faz esquemas. Que dá calor humano, ao invés de esmola. 
Que não joga na loteria. Que não sonha em ficar rico. 

Para você, que preenche o mundo com um pouco mais de amor, 
desejo que tenha excelentes dias por onde quer que você ande.


*           *          *

sábado, 26 de agosto de 2017

Aleluiaa!! Música popular que vale a pena






Bloqueada? Censurada? Vai saber...

Resultado de imagem para censurada facebook

Facebook 'bichado'!  Será que me bloquearam? Ou censuraram?
- Oh, perdão...perdão!  Prometo ser boazinha, tá? Como vou viver sem essa rede social?!  kkkkk!!                          
Até hoje de manhã estava tudo bem. Publiquei minhas postagens, comentei, respondi etc. Eis que de repente - não mais que de repente - não conseguia mais enviar publicações nem comentários.
Aparece uma nota dizendo: "ocorreu um problema temporário; tentar novamente em alguns segundos"
Tá... 'segundos', é?

Na verdade, meu temperamento não combina mesmo com essa tecnologia.
Criei as primeiras páginas no facebook - perfil e outra literária - em 2006. Elas existiram por uns 5 ou 6 anos.  Sem a menor explicação, não aceitavam mais publicações.
Criei nova página - a da foto do perfil com um chapéu azul.  Ficou um tempo - até o ano passado, 2016 , quando também entrou em pane.     Pedi ajuda do suporte  inúmeras vezes e nada... respondiam com e-mail padrão e não resolveram. A página continua em aberto, só não funciona.

Então, novamente criei a página atual - no ano passado! -  e agora... buuum! Pifou.
Acho que estou sendo monitorada e censurada! Essa é ótima! E viva o "Big Brother"!  

Definitivamente não crio outra página. Para mim, acabou o Facebook.
Acho que é mais um ganho do que uma perda.

Tchaau!!

                   Resultado de imagem para Tchau Betty Boop            

domingo, 20 de agosto de 2017

Envelhescência

Nenhum texto alternativo automático disponível.

kkkkk!! Tô a caminho... e penso assim mesmo!
**
"Hoje em dia existem muitos eufemismos para mencionar que alguém está velho. Mas no fim, todos eles só querem mesmo é dizer o óbvio: "Você está velha, passou do ponto." 
Odeio essa coisa de Terceira Idade ou Melhor Idade. A quem eles estão tentando enganar? 
O que há de bom em se estar cheio de cabelos brancos e rugas, ter os ossos do corpo doloridos e amolecidos, ver os dentes enfraquecendo , não poder comer tudo o que se quer, não ser escutado pelos mais jovens, e quando somos, ver nossas ideias e gostos serem criticados? Acho que esta é a pior parte.
Não; a pior parte, é ser tratada como criancinha. 
Odeio quando chegam aquelas pessoas sorridentes, exageradamente complacentes, e se aproximam de mim, dizendo: "Mas olha só que gracinha que ela é!" 
Certo dia, eu mandei um deles para 'aquele lugar,' e ao invés de chocar-se, ela riu bem alto, exclamando: "Mas ela é sapequinha, hein?" Daí, minha única saída, foi atingi-la com minha sombrinha. Só então ela compreendeu.
E esta talvez seja a única vantagem de ser velho: quando fazemos coisas malucas, somos imediatamente perdoados.
Certa vez, uma vizinha convidou-me para um desses bailes da Terceira Idade, e após muita insistência, eu fui. 
Chegando lá, deparei com um salão enfeitado de bolas coloridas, como em aniversários de crianças, algumas mesas abarrotadas de idosos que ora abanavam-se com leques de papel, ora posavam para fotografias, ora paqueravam uns aos outros. 
A música foi o que mais me incomodou: chatérrima! Aqueles boleros de 1925, chorinhos, marchinhas do carnaval de 1930... pensei: "Esse pessoal nunca ouviu falar de Ivete Sangalo?!" 
Não era à toa que todos pareciam tão entediados. 
No sábado seguinte, levei meu CD da Ivete, e pedi ao DJ que o pusesse para tocar; imediatamente, todo mundo se levantou e começou a dançar. Ficou bem melhor! 
Mas depois de cinco minutos, a organizadora do baile achou melhor retirar a música dançante e frenética. 
Só porque um dos velhinhos teve um ataque cardíaco fulminante! Ora essa! Não vamos todos morrer? Melhor que morramos felizes! Depois daquilo, eu nunca mais apareci por lá.
Minha vizinha me contou que eu virei lenda."
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'Confissões de uma idosa cínica - parte V' - 
em Histórias - ANA BAILUNE

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Bruxa Alquimista

A Alquimia na cozinha
Eddie Van Feu

Imagem relacionada

(...)
Talvez você não goste muito de cozinhar, mas é bom que saiba um pouco sobre como a comida pode afetar você, não só fisicamente, mas também na sua linha da prosperidade, na sua forma de se relacionar e sentir, no seu humor e na sua inspiração. 
Pois é, a comida é muito mais do que combustível para seu corpo. Ela é um tipo de energia. E essa energia pode ser boa ou ruim, dependendo do dia, da hora, do seu estado de espírito.

A arte de cozinhar se tornou um fardo. É triste, mas boa parte das pessoas acha que a cozinha é algum tipo de masmorra onde mulheres ficam acorrentadas e são obrigadas a cozinhar como uma forma de tortura. É uma péssima forma de encarar uma arte tão bonita. 
Cozinhar é mais do que uma arte. É uma magia. E tem um nome: alquimia.

A alquimia é o ato de transformar uma coisa em outra. Nossa vida inteira é uma alquimia. 
Pegamos as coisas que acontecem conosco e as transformamos em algo. Pegamos nossos erros e transformamos em experiência. Pegamos nosso amor por algo e transformamos em um hobby. Pegamos nosso amor pelo trabalho e transformamos em carreira. Enfim, a alquimia está em tudo. Mas em nenhum lugar da sua casa ela está mais presente do que na cozinha.
(...)
Apesar de termos muitos livros, programas e até filmes que tratam da arte de cozinhar ou da importância dos alimentos, pouco ainda se fala sobre a energia essencial dos alimentos e o seu poder em mudar nossos padrões vibracionais. 
Sim, os alimentos podem mudar nossa forma de “vibrar”, e ao fazer isso, passamos a atrair ou repelir determinadas pessoas, fatos ou coisas que possuem suas próprias vibrações.

Observe a laranja. O que você sabe dela? Que ela é rica em Vitamina C. Sim, é verdade.  E o que mais? 
Bom, ela é redonda, amarela e parece... o SOL. 
Isso mesmo, você acaba de descobrir a energia planetária da laranja. Ela está ligada ao sol e pode despertar e atrair tudo relacionado a essa energia planetária, como o sucesso, a fama, a criatividade, a fortuna e a prosperidade. 
Então, isso quer dizer que ao tomarmos um simples suco de laranja, estamos atraindo essa energia?

Calma... Os alimentos que consumimos hoje são muito industrializados e o valor espiritual deles se perdeu com a era industrial. Considerando que nem eu, nem você, vamos plantar laranjas no quintal, o que podemos fazer? Nós despertamos essa energia nos alimentos que compramos na feira e no mercado.

Esse processo é simples. Basta consciência e um encantamento com a energia das suas mãos. Coloque suas mãos em concha sobre o alimento que deseja despertar e diga o que deseja que ele faça, como numa oração (não deixa de ser). Eis um exemplo:
Que a Divindade desperte neste alimento sua essência divina e sagrada de prosperidade, amor, saúde, etc...). Assim seja, assim se faça.”

Lembre-se apenas de que você precisa saber o que o alimento em si faz. 
Não adianta despertar uma cebola para amor e união se não é na natureza dela. É como pedir a um cão para miar. Então você terá que estudar os alimentos para saber o que cada um faz. 

Para lhe dar uma mãozinha, vamos dar uma lista resumida de alimentos ligados a determinadas energias. Assim, você já saberá por onde começar se quiser aumentar o amor ou a prosperidade da sua família.

Note também que despertar um alimento não é encantá-lo. Ao despertar sua energia, você está apenas trazendo à tona uma energia adormecida e esquecida, pois aquele alimento provavelmente foi produzido de maneira automática, nem sempre respeitando as melhores luas ou momentos astrológicos. Alguns mal são tocados por pessoas. Já encantar é outra história.

Quando você encanta um alimento, ele se torna sagrado. Há nele uma essência além da dele. 
(...)
O despertar é sempre feito antes do preparo, enquanto o encantamento é feito durante a feitura do prato. 
(...)
 Vamos começar por uma listinha básica e resumida de alimentos e as energias que eles despertam. E depois vamos a algumas receitas e seus rituais simples para encantar toda a sua família. 

Alguns alimentos que possuem a energia da prosperidade:

- Manjericão,Canela, Cravo, Salsa, Gengibre, Endro, Pimenta-da-Jamaica, Abóbora, Alface, Berinjela, Brotos de afalfa, Espinafre, Feijão, Feijão de vagem, Vagem, Repolho, Tomate, Abacaxi, 
Amora-preta, Banana
Imagem relacionada

Quando a gente precisa de mais energia, é bom preparar uma comida com elementos do Sol. 

Se desejar, você pode se concentrar na energia de qualquer aspecto do sol, como fama, brilho, sucesso, dinheiro, energia criativa, etc... 
O melhor dia de preparo é Domingo, mas você pode fazer qualquer dia, desde que seja um dia de sol (num dia sem sol, os efeitos serão menores).

*            *            *

O assunto é mesmo instigante... 
Gostei muito de alguns filmes com esse tema:

"A Festa de Babete"
a festa de babete

Este filme dinamarquês foi inspirado em um conto da escritora Karen Blixen.
Conta a história de Babette, que em 1871 chega a um vilarejo da Noruega fugida da França durante os conflitos da Comuna de Paris.
Na cidade luz, Babette era uma exímia cozinheira e, por isso, sabe preparar pratos como ninguém.
Um belo dia ela ganha na loteria e decide organizar uma festa para o aniversário do pastor da cidade.
Só que o vilarejo é super religioso e acha que é pecado se deixar levar pelos prazeres da gula. Mas, é obvio que o jantar é um daqueles irresistíveis e, sabe como é…
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"Chocolate"
chocolate

A adaptação cinematográfica do livro “Chocolate”, de Joanne Harris, é uma delícia.
Estamos falando de um filme que tem chocolate em todas as cenas. E de um filme que tem Johnny Depp. Quer dizer, como ser ruim?

A história gira em torno de Vianne Rocher que, junto com a filha, se muda para uma pequenina e pacata cidade da França. Lá ela decide abrir uma loja de chocolates.
Fato que é considerado uma afronta pela população religiosa que não se deixa levar pelos pecaminosos prazeres da mesa.
Um filme para se assistir mil vezes. 
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"Os Sabores do Palácio"

Este filme francês é excelente..
Baseado em fatos reais, conta a história de Hortense Laborie, chef de cozinha contratada para preparar os jantares do presidente da França.
Os bastidores políticos são revelados através da cozinha e de Hortense. 
Uma outra visão sobre um filme político.
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Além desses: "Sem Reservas',  "Julie e Júlia",  "Toast' e muitos outros.

Bon Appetit!