"Traz a saúde a este corpo,
Sana a mente e a alma ao cantar.
Faça com que sinta-me nova,
Cheia de força e de bem-estar."
Mas será que há bruxas de verdade ainda em peno século 21?
A resposta é positiva. A maioria das bruxas modernas é do bem. É claro que sempre existirão as “trevosas”, só que uma bruxa de verdade tem bom coração, caráter e ética para trabalhar e fazer suas magias.
As bruxas têm origem nas antigas sacerdotisas que entendiam a Natureza, seus ciclos, sua força e mensagem. Praticavam seus ensinamentos em rituais que muitos chamam de bruxaria.
Ir à origem da bruxaria é o mesmo que retornar ao início da humanidade, quando os seres humanos começaram a despertar a sua percepção para os mistérios da vida e da Natureza.
As mais antigas obras de arte que representam figuras humanas são de mulheres mães.
Datando de 35 mil a 10 mil anos antes da era cristã, e descobertas por toda a Europa e na África, essas estatuetas de "Vênus", chamadas assim pelos arqueólogos, mostram a plenitude de formas da maternidade e a maturidade da natureza feminina.
Desde os tempos neolíticos, a prática da bruxaria sempre girou em torno de rituais simbólicos que estimulam a imaginação e alteram a consciência.
A primeira demonstração de arte devocional foram as Madonas Negras, encontradas em cavernas do período Neolítico.
As deusas da fertilidade foram os primeiros objetos de adoração dos povos primitivos.
As sacerdotisas druidas da Grã-Bretanha estavam divididas em três classes.
A classe mais alta vivia em regime de celibato em conventos. Essas irmandades alimentavam as fogueiras sagradas da Deusa e foram assimiladas na era cristã como monjas.
As outras duas classes podiam casar e viver nos templos ou com os maridos e famílias. Eram servas acolhidas nos ritos sagrados da Deusa.
Com o advento do cristianismo, foram chamadas "bruxas".
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É preciso lembrar que antes de mais nada nós precisamos respeitar a energia da Natureza.
Faça uso dessa oração de poder somente para grandes pedidos e obras, sempre com dignidade, coração puro e sem egoísmo ou quaquer sentimento negativo.
“Algo muito maior me rege.
Algo muito maior me abre os caminhos.
Este algo é Alguém,
este Alguém é minha Mãe.
Sou filha da deusa e não há neste mundo
quem possa contra mim.
Sou indomada por ser filha da Grande Mãe.
Ela comanda meus passos e me protege de tudo
Sou livre, pois minha deusa assim me fez,
de braços abertos pra liberdade.
Sou forte, pois tenho a deusa comigo
a todo instante, a todo o momento.
Sou poderosa, pois tenho a sabedoria das ancestrais,
o conhecimento da arte e o dom da magia.
A ti, Grande Mãe, venero e honro.
A ti rogo, peço e suplico.
A ti cultuo, saúdo e elevo.
A ti conto meus segredos,
choro minhas lágrimas e rio meus risos.
Sou filha da deusa, sou filha de Gaia, e assim,
quem poderá contra mim?
Assim seja, assim se faça.”
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Quem não tem medo das bruxas?
Ao que parece, séculos depois da Inquisição, continuamos a gritar "brucia", do verbo "bruciare", do italiano, "queimar".
Não é à toa que tantas mulheres tenham sido queimadas vivas e torturadas porque... bem, os papas eram melindrosos, temerosos de perder o status, o poder, os fiéis.
Elas deviam fazer alguma coisa para provocar tamanha ameaça.
De onde vieram tantas datas "santas"? De antigos rituais pagãos, como o de hoje, em que se celebrava o fim do outono e das colheitas para dar início ao inverno, período de recolhimento, e de orações aos ancestrais.
Então temos o dia de finados e logo depois o Natal, que é sabido, foi uma data inventada pela Igreja por ser muito próxima do equinócio de 22 de dezembro.
Bem, voltemos às pobres mulheres mal faladas.
Vamos ser sinceras: você sabe seduzir seu marido, ou seu amante quando quer, não sabe?
Usar perfumes, maquiagem, lingerie.
Sabe cozinhar algum prato encantatório, usando ervas e temperos.
Sabe dançar. Sabe rir.
Sabe sorrir quando precisaria é dizer um belo palavrão, então faz isso depois, escondida.
Sabe rezar aos seus deuses e santos.
Sabe embalar um bebê que chora.
Sabe fazer aquela faxina pesada que todas sabemos como é.
Sabe botar pra fora de casa um canalha imprestável. Nem que tenha que passar por uns apertos por uns tempos.
Sabe se cuidar, na alegria e na tristeza.
Sabe fazer silêncio quando o momento pede.
Sabe honrar com seus compromissos.
E sabe ouvir mentiras e mais mentiras todo santo dia, mas finge ser sonsa. A gente finge que é boba quase o tempo todo.
A quem precisamos convencer de alguma coisa, afinal?
Uma bruxa é uma mulher bem resolvida.
Gostem ou não dela, ela segue seu rumo, pois está sempre muito ocupada com seus próprios negócios.
É uma mulher livre, que deixa todo mundo livre também.
E uma mulher dessa natureza, que não aceita ordens de ninguém, é um perigo não é mesmo?
Pois é, ao que parece, continuam apedrejando, mutilando, amordaçando, estuprando, calando e impedindo que elas estudem, falem, trabalhem, escolham quando e com quem querem se casar. E se desejam ter filhos. Que perigosas essas mulheres!
Que poder é esse que causam nos homens, no planeta inteiro?
Deus abençoe todas as mulheres.
As que se calam e as que deliberadamente perderam o medo de viver.
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