Sempre desconfiei e continuo desconfiando dos extremos - e extremistas, da radicalidade - e dos radicais.
Costumo dizer que se eu me importasse em estar 'dentro dos padrões' - esses mesmos padrões por um lado combatidos de forma insana, apenas para demonstrar autonomia e/ou rebeldia, afirmação não sei de que posicionamento - e nem me interessa - sem uma honesta avaliação de causas e consequências, eu poderia, sim, estar a favor ou contra qualquer coisa. Não estou. Não quero estar.
No fim e ao cabo, devo prestar contas a mim mesma. É comigo que estive ao nascer e é assim também que estarei ao encerrar meu ciclo vital.
Penso que estamos aqui - neste mundo, vivendo nesta sociedade - não apenas 'buscando um sentido' (pobre filosofia servindo aos que se consideram puros e melhores) mas num exercício constante de afinação da capacidade de pensar e sentir, de tentativas, de erros e acertos - conceitos esses estipulados por essa mesma sociedade que precisa, sim, de uma certa organização com suas leis e regras determinadas em consenso, portanto fazendo-se valer nas situações conflitantes.
Não é isso o que estamos vivendo.
Discordâncias existem, podendo e devendo ser debatidas e analisadas para que haja alguma evolução no estabelecimento desse aglomerado de seres da mesma espécie. Repito: da mesma espécie. A esta espécie nominada humana, foram conferidos atributos diferentes das demais.
Não quero nem posso continuar escrevendo. Envergonhada demais. Apenas concluo:
Precisamos observar melhor e tentar aprender com as 'demais espécies'. A nossa vem radicalizando...
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Ah, apenas para me afirmar como "centrona" : No episódio circense destes últimos dias, concordo com a decisão em relação ao ex-presidente. O circo foi armado por ele.
Apenas me demito da função de palhaço.
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