sábado, 26 de julho de 2014

Filme da tarde - 'O Reencontro'

Sábado reconfortante.  Friozinho, casa com cheirinho gostoso - faxina de ontem - chazinho de camomila, edredom no sofá para assistir a um filme lindo.
Sem grandes dramas, sem altos risos, sem tragédias mas com uma história delicada, repleta de humanidade e diálogos encantadores.


'O reencontro' é um filme americano, de 2012, dirigido por Rob Reiner, com Morgan Freeman no papel principal. Tem também a bonita e competente atriz Virginia Madsen (ela me lembra a atriz brasileira Eliane Giardini) e Madeline Carroll.

O escritor Monte Wildhorn (Morgan Freeman) teve muito sucesso com seus romances sobre faroeste mas depois da morte da esposa e de um acidente abandona a carreira entregando-se à bebida e refugiando-se numa cidadezinha do interior.

Ali conhece uma família vizinha - mãe e três filhas - e, embora pareça ter desistido da vida, se encanta ao conversar pela primeira vez com uma das meninas que lhe pergunta de onde vêm as histórias que ele escreve. É uma garotinha corajosa, impulsiva e que também gosta de criar histórias de aventuras.

É quando ele cita John Milton: "A mente é seu próprio lar."



Wildhorn exercita e incentiva as imagens mentais e elas se movem na mente da garota, fazendo com que o próprio escritor encontre motivos para continuar vivendo e escrevendo.

A partir desse encontro, estabelece-se uma amizade com essa família e com outros vizinhos também, o que lhe traz uma nova maneira de encarar seu infortúnio.

Ao se interessar por essas pessoas passa a conhecer novas histórias interessantes.  Ele sai de si mesmo em busca do outro, sempre ajudando e estimulando a que procurem o que lhes faz bem.

Há momentos em que os diálogos são de puro lirismo e as considerações sobre a vida em geral são muito suaves:

"Um livro é um amigo que faz o que outros amigos não são capazes de fazer: ficar em silêncio para você pensar."

"Na maioria das vezes, a vida real não está à altura dos nossos projetos."



Como eu disse antes, nada de grandioso no enredo mas não é uma história simples; a trama se sustenta nas conversas sobre imaginação, escrita criativa e modo de olhar o mundo.

Enfim, o filme perfeito para dias assim calmos, assim silenciosos. Gostei muito.

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