segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Breve reencontro


Mais um.  Bom notar que de tempos em tempos o passado dá o ar da graça (às vezes, o do sem graça também).

Estive pensando que esses acontecimentos esporádicos  nem sempre  andam  'soltos' por aí, ao sabor do acaso.
Explico: há uns 15 dias recebi no facebook uma foto emblemática da época em que trabalhei na Xerox.
Gostei do revival e até comentei aqui no blog sob o título "Outro post, outra emoção", de 29 de setembro 2014.

Enviei um comentário de agradecimento, algumas palavras gentis trocadas entre as participantes da foto e foi tudo.  Não pensei mais no assunto.

Eis que hoje, estando em Resende para resolver as coisinhas de sempre, na fila de espera do Banco encontro um antigo colega de trabalho (da Xerox) também aguardando sua vez. Conversamos um pouco e logo nos despedimos.

Ao sair, já me encaminhando para o ponto do ônibus, na calçada uma bonita senhora para na minha frente - eu estava de óculos de sol - e diz meu nome em tom de pergunta.
Distraída (como sempre, diga-se), ao atender o chamado vi tratar-se de outra colega dos tempos de Xerox e que também aparece na tal foto.
Ela me perguntou se eu a reconhecia (imagine!) e em tom de brincadeira eu disse: "É só o meu cabelo que está branco mas a cabeça ainda funciona, viu, Ana?" . Rimos e iniciamos uma conversa boa sobre várias coisas.
Tudo muito natural, simples, espontâneo, como se nos falássemos sempre  - há alguns anos não nos encontrávamos.

Já disse que Resende é uma cidade esquisita: médio porte, mentalidade ainda bem provinciana mas cresceu territorialmente e as pessoas conhecidas já não se veem com frequência.

Para completar, ao chegar em casa e abrir o facebook, na lista de notificações o nome da Nilda,  mais uma colega da mesma época e do mesmo local de trabalho,  de quem não tenho notícias também  há muito tempo (não está entre meus contatos, mas de outra) comentando um post.  Mistééério...

Daí a minha consideração sobre esses lances do 'acaso'  parecerem interligados de algum modo.

Seja o que for que esteja para acontecer - ou não - está fora de qualquer interferência de minha parte. Não tenho que mover nem um dedinho para nada. Mesmo porque nada espero nem temo que aconteça; vivo o que tem para ser vivido e não questiono.

É aquela história dos sábios versos de Paulo Leminski:  "Não discuto com o destino: o que pintar, eu assino."

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