quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Faxina

O dia hoje foi de muito trabalho em casa. Início da faxina de fim de ano, quando costumo fazer uma revisão nas 'tralhas' habituais.
Não nos damos conta de quanta coisa realmente NÃO precisamos.
A cada ano  me desfaço daquilo que perdeu a utilidade.  É um exercício interno de desapego, de entrega,  de olhar para o que 'foi', conservando a secreta esperança de que seja sempre melhor o que está por vir.
O cansaço físico, esse aumenta a cada ano.

Ainda tenho muitos livros, embora já tenha doado uma boa parte. Ocupam espaço sim... e também preenchem agradavelmente meu coração e minha alma.  Alguns ficarão comigo até...  Depois - que importa? - , terão o destino decidido por outras pessoas.

Há muito mais.  Já comentei aqui mesmo  o meu hábito de guardar algumas coisas afetivas relacionadas à vida em família. As crianças se tornam adultos, o encanto vai diminuindo e aquele desenho feito por mãozinhas infantis, aquele caderninho enfeitado, aquele mimo feito na escola, tudo 'fica na casa da vó' e a 'vó' guarda com carinho, vai guardando, vai guardando...
Os adultos - as crianças de antes -  agora têm novos interesses (a tecnologia do 'admirável mundo novo')  espantando-se, entretanto, em 'como o tempo passa' e 'como tudo era diferente e engraçado no tempo da vó'. Esquecem-se - ou ainda não têm consciência - de que em pouco tempo estarão repetindo meus gestos e pensamentos de hoje.  "Circle of life".
É, o tempo, a vida, o amor, o desamor também; tudo, tudo passa.
Sei que estou 'passando'  e o meu olhar para trás é amistoso, agradecido, reverente.  As alegrias acabam por superar, em muito, os tempos difíceis ou tristes. Assim seguimos.

Por hoje, é isso.  A tarefa continua nos próximos dias.
Tenhamos todos um descanso merecido neste fim de ano - e que ano!...- em ´que pese a situação do país, do mundo.

Afinal,
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Ciclo da Vida
Elton John - (filme 'O rei Leão', de 1994)

Desde o dia que chegamos ao planeta
E abrimos nossos olhos para o sol
Há mais a ser visto além do que já vimos
E mais a fazer do que já foi feito
Alguns dizem "devore ou seja devorado"
Outros dizem "viva e deixe viver"
Mas todos concordam juntos
Você nunca deve tirar mais do que dá

No ciclo da vida
É a roda da fortuna
É o salto de fé
É a banda de esperança
Até acharmos nosso lugar
No caminho a desbravar
No ciclo, no ciclo da vida

Alguns de nós caem pela estrada
Enquanto outros alcançam as estrelas
Alguns de nós navegam acima dos problemas
Enquanto outros tem que viver com as cicatrizes
Há muito para se conseguir aqui
Mais para se encontrar do que o que já foi encontrado
Mas o sol se move alto no céu azul safira
E mantém-se, ora grande, ora pequeno, neste ciclo sem fim
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