domingo, 17 de fevereiro de 2019

Papinho furado de Domingo


Papinho furado de Domingo, 17 de fevereiro 2019
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Para quem gosta de ‘curiosidades’ – digamos assim -  da nossa Língua Portuguesa: “Está tudo como dantes no quartel d’Abrantes”.

Essa expressão surgiu no início do século 19, com a invasão de Napoleão Bonaparte à Península Ibérica.
Portugal foi tomado pelas forças francesas, porque havia demorou a obedecer ao Bloqueio Continental, imposto por Napoleão, que obrigava o fechamento dos portos a qualquer navio inglês.
Em 1807, uma das primeiras cidades a serem invadidas pelo general Jean Androche Junot, braço-direito de Napoleão, foi Abrantes, a 152 quilômetros de Lisboa, na margem do rio Tejo. Lá ele instalou seu quartel-general e, meses depois, se fez nomear duque d’Abrantes.

O general encontrou o país praticamente sem governo, já que o príncipe-regente dom João VI e toda a corte portuguesa haviam fugido para o Brasil.
Durante a invasão, ninguém em Portugal ousou se opor ao duque. A tranquilidade com que ele se mantinha no poder provocou o dito irônico.
A quem perguntasse como iam as coisas, a resposta era sempre a mesma:
“Está tudo como dantes no quartel d’Abrantes”.

Até hoje se usa a frase para indicar que nada mudou.
*

Meu pitaco: Entendo como a frustração da esperança em mudar uma situação desagradável.
Pertinente, pois.

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