sábado, 17 de agosto de 2013

Arthur Rubinstein - CHOPIN - Waltz Op. 69 No. 2 in B minor



Pois é... entendo a música como um recurso para diversão, entretenimento e também para elevação do espírito. Não estou falando apenas da música erudita - também chamada clássica - não é isso.

Estou tentando ouvir Chopin porque meus ouvidos e minha mente estão cansados da barulheira infernal na vizinhança, com o funk no mais alto volume, impedindo mesmo o som da TV se eu quisesse assistir a algum programa.
Não posso dizer que respeito esse 'gosto' ( ou falta de) e essa necessidade do som tão alto, mas compreendo. A maioria não teve mesmo oportunidade de ouvir, apenas ouvir outro tipo de música que não seja o que a mídia impõe como 'sucesso' .  E a palavra 'sucesso' vem com a sobrecarga de ideal a ser alcançado por todos. Ser 'antenado', estar 'nas paradas', ser  'descolado'.  Legal...

Sinceramente, fico com raiva às vezes, mas no fundo, bem bem lá no fundo - muuuito no fundo - tenho também um sentimento de pena, de desânimo em ver as pessoas se atordoando o tempo todo, imaginando que assim os problemas se dissolvem. Não se pode ter um momento mais calmo que acham que é tristeza; se estamos sossegados, quietos, acham que é doença ou alienação. Parece que é necessário estar todo o tempo em movimento, em  meio à confusão para ser considerado normal e adaptado a... a quê, mesmo?

Voltando à questão do gosto - que, aliás, segundo o ditado popular 'não se discute' .  Não discuto, apenas lamento. Lamento que não haja mais nas escolas a introdução ao conhecimento musical, lamento que a maioria 'não suporte' ouvir música instrumental de qualidade, lamento o descaso total com a Educação no país.

Nada me impede de gostar da MPB, de rock, de samba, de forró, de chorinho (aliás, adoro) - sou fã mesmo da música e de muitos artistas populares - e também me emocionar com Bach.Vivaldi, Mozart, Beethoven, Mahler, Chopin e tantos, tantos outros clássicos.  Luíz Gonzaga é um clássico, Noel Rosa, Cartola, Pixinguinha, Lupicínio Rodrigues são clássicos e muitos que estão produzindo qualidade hoje, serão também clássicos...e aí?

Clássico vem de classe, categoria elevada, boa qualidade, excelência. E é por isso que ficam os clássicos e vão-se os 'sucessos'...

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Quer saber? Que continuem ouvindo os funk e os axé que quiserem... Na verdade, não tenho nada com isso.  Façam bom proveito - se for possível.

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