segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Puro 'marquetingue'

Se eu dependesse do eclipse - anunciadíssimo -  de ontem pra sonhar e realizar... estaria frita.
Ainda bem que 'tudo passa, tudo passará'.
Por esta terra aqui, foi assim.
Hahaha!!

!

sábado, 26 de setembro de 2015

O país está assim...


Agora chega!
Marcelo Madureira - Revista 'Veja', 25 de setembro 2015

A decisão do Supremo Tribunal Federal de desmembrar as ações penais, reduzindo a atuação do juiz Sérgio Moro como responsável na primeira instância, enfraquece a tese central de que uma organização criminosa operou para manter um projeto político do PT no poder.
A mudança pode significar “o fim da Lava Jato” nos moldes atuais. Desmembrados, os processos cairão num imenso Buraco Negro da nossa lentíssima e conivente Justiça. Em resumo: uma manobra nefasta e contrária aos interesses da sociedade brasileira.
Para mim chega.
Estou cansado de sustentar um aparelho de Estado disfuncional, mal administrado, corrupto e que opera em contradição com os interesses do Brasil.
Este mesmo Estado que, através deste governo corrupto e incompetente, tem o desplante de querer aumentar ainda mais a carga escorchante de impostos a que são submetidos os brasileiros.
Um bando de parasitas, é isso o que eles são.
Não me sinto representado por este governo de corruptos, não me sinto representado por este Supremo Tribunal Federal, não me sinto representado por um Legislativo que foge às suas obrigações constitucionais.
Chega! Basta! Tô Fora! Deu ruim!
Se eles querem ficar em oposição aos desejos da Nação, vamos dar o troco.
Vamos lembrar dos Estados Unidos da América quando, em 1776, os cidadãos das 13 colônias americanas decidiram se libertar da exploração da metrópole, a Inglaterra.
“No taxation without representation”, ou seja, não pagamos impostos quando não nos sentimos representados – Essa foi a frase-senha que desencadeou a revolução que fez nascer a grande nação americana.
O nome disso é desobediência civil. Ninguém paga mais imposto nenhum. Nenhum industrial, nenhum comerciante, agricultor, operário, bancário, balconista ou humorista. Não vamos mais pagar imposto nenhum. Federal, Estadual ou Municipal, nenhum.
Vamos levar a arrecadação à zero. Eles não vão ter mais dinheiro para seus palácios, mordomias, carros de luxo, viagens e o escambau. Tampouco terão como repassar recursos à CUT e ao MST, que vivem dos nossos impostos. Aí vamos ver como é que fica.
Eles vão pedir arrego e aí nós, o Povo, sentamos para conversar.
Está lançada a ideia. Basta combinar o dia e começar.
Vamos nessa?
E tenho dito.
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Aceite que dói menos: A família não é mais monopólio de “papai e mamãe”
Leonardo Sakamoto  - em 'Blog do Sakamoto', 25/09/2015 

A sensação de vergonha alheia é uma das piores. Prefiro viver um vexame do que ver alguém passando por ele. Pois, não raro, a pessoa não se dá conta e vai se afundando na lama. É um sentimento de piedade interminável. O horror, o horror.

A aprovação do Estatuto da Família (que restringe “família'' a  apenas uma união entre um homem e uma mulher), em uma comissão especial na Câmara dos Deputados, é mais um exemplo desses momentos de vergonha alheia que a bancada do fundamentalismo religioso no Congresso Nacional nos proporciona com frequência.

Se isso for levado a plenário e aprovado por lá e depois no Senado, e se a Presidência da República não vetar a sandice, certamente o Supremo Tribunal Federal – que já afirmou que família não é só papai e mamãe heterossexuais – vai botar ordem no barraco, dando conta de sua inconstitucionalidade.

A proposta é extremamente ofensiva a famílias que fujam desse modelo hegemônico nuclear heterossexual. Pois há tantas combinações possíveis que nem dá vontade de contar: famílias compostas de casais (ou grupos) heterossexuais, homossexuais, bissexuais com ou sem filhos, arranjos monoparentais cissexuais e transexuais com ou sem filhos, solteiros sem filhos mas com gato persa, buldogue inglês, peixe-palhaço e hamster-urso (é um peludão, muito fofo).

Enfim, família são aqueles com quem você decide compartilhar sua vida pelo tempo que achar que assim deve ser. Fluído e impreciso mesmo, como as relações humanas.

Achou muito hippie? Então dá uma olhada na definição do IBGE: “Família – conjunto de pessoas ligadas por laços de parentesco, dependência doméstica ou normas de convivência, residente na mesma unidade domiciliar, ou pessoa que mora só em uma unidade domiciliar''. Perceba que ninguém fala de conjugação de órgãos reprodutores nessa definição.

Além do mais, esse tipo de proposta é de um machismo bisonho. Pois cresceu, ao longo dos anos, com as conquistas profissionais, os métodos contraceptivos, a militância do feminismo, o número de famílias comandadas e formadas só por mulheres. O que assusta – e muito – o homem inseguro brasileiro – alguns dos quais adoram falar em nome de Deus ou do povo.

A verdade é que apesar da influência de grupos religiosos contrários a mudanças, mais cedo ou mais tarde, o Brasil irá garantir dignidade a todos os seus cidadãos. Sei que otimismo não combina comigo, mas hoje é sexta.

O problema é que essa caminhada está sendo bem lenta quando deveria correr rápida para dar tempo às pessoas que hoje vivem de desfrutarem uma nova realidade. Adotar filhos ou não ser vítima de homofobia, por exemplo.

É um completo absurdo que a essa altura da História nossa sociedade ainda esteja discutindo se deve ou não universalizar direitos. Que, de tempos em tempos, homossexuais e transexuais sejam espancados e assassinados nas ruas só porque ousaram ser diferentes da maioria. Que seguidores de uma pretensa verdade divina taxem o comportamento alheio de pecado e condenem os diferentes a uma vida de inferno aqui na Terra.

Consciência não tem a ver com classe social – a diferença de um olho roxo deixado pela covardia de homens pobres ou ricos está apenas no preço da maquiagem usada pelas mulheres vítimas de violência para escondê-lo.

Consciência não se aprende na escola, nem é reserva moral passada de pai para filho.

Consciência tem a ver com a vivência comum na sociedade, a tentativa do conhecimento do outro, a busca por tolerar as diferenças.

O Congresso Nacional que, por vez ou outra, transpira as mais bizarras formas de preconceito é fruto do tecido social em que está inserido – e sim, essa última vergonha alheia é um reflexo de nós mesmos. Eles somos nós.

Porque, na prática, uma decisão tomada pelo Legislativo tem em seu âmago o mesmo preconceito das piadas maldosas contra gays ou dos pequenos machismos em que nós (e não me excluo disso) nos afundamos no dia-a-dia. O que difere é o tamanho do impacto, não sua natureza.

Por fim, o que me indigna com tudo isso é que uma parcela do tempo preciosa (e bem remunerada) que deveria estar sendo usada pelos congressistas para discutir formas para que saiamos do atoleiro econômico e para garantir dignidade a trabalhadores e grupos sociais vulneráveis é gasta com essa presepada.

Neste momento, se Deus existir, ele deve estar mais preocupado em processar esse pessoal que se diz seus representantes políticos aqui na Terra. E não lançando maldições para pessoas do mesmo sexo que decidem viver juntas. 
Isso aí fica a cargo de outra figura mitológica: o capeta.
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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Bem Brasil...

Sei não, mas de uns dias para cá  estou achando o facebook muito estranho.  
Pessoas que se manifestavam diariamente sobre a atual crise política no Brasil simplesmente desapareceram da tela. Nenhuma postagem, nenhum comentário.  "O que será, que será?..."

Realmente, na minha opinião, a coisa está piorando. 
A cada fala da presidente mais confusão aparece. 
Os tais especialistas só sabem dizer que não sabem... que rumo tomarão a economia e a política no país. Parecem aquele gato aguardando sorrateiramente o rato surgir  à procura do pedaço de queijo...

Tenho acompanhado o imbroglio (mais ou menos porque é chato pra c.....)  pelos jornais, TV e internet.  Só aguardando o desfecho - ou solução - dessa bandalheira toda. Nem sei se haverá solução, viu?  O país está à deriva há muito tempo.

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Uma velha lição: como arrecadar mais impostos
Ricardo Noblat - Jornal 'O Globo' - 17/09/2015 - 11h03

Do site 'Brickmann & Associados', um trecho de um diálogo da peça Le Diable Rouge, do francês Antoine Rault. 

A ação se passa há 400 anos, na França de Luís XIV.  São 400 anos. E parece que foi anteontem.

Jean-Baptista Colbert, ministro da Fazenda: "Para arranjar dinheiro, há um momento em que enganar o contribuinte já não é possível. 
Eu gostaria, sr. Mazarino, que me explicasse como gastar quando se está endividado até o pescoço".

Cardeal Mazarino, primeiro-ministro de Luís 14: "Um simples mortal, claro, quando tem dívidas e não consegue honrá-las, vai preso. Mas o Estado é diferente! 
Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, continua a endividar-se".

Colbert: "Mas como fazer isso, se já criamos todos os impostos imagináveis?"

Mazarino: "Criando outros".

Colbert: "Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres".

Mazarino: "Sim, é impossível".

Colbert: "E sobre os ricos?"

Mazarino: "Também não. Eles parariam de gastar. E um rico que gasta faz viver centenas de pobres".

Colbert: "Então, como faremos?

Mazarino: "Colbert! Há uma quantidade enorme de pessoas entre os ricos e os pobres: as que trabalham sonhando enriquecer e temendo empobrecer. 
É sobre essas que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! 
Quanto mais lhes tirarmos, mais elas trabalharão para compensar o que lhes tiramos."


*            *            *

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

"PALABRAS PARA JULIA' - Jose Agustin Goytisolo

Ontem eu estava assistindo ao "Em Pauta" - programa do canal Globo News - para me inteirar das notícias (inclusive as políticas, aargh...) de um modo menos traumático.
Ali, os comentaristas são simpáticos, educados e competentes.

Ressalto a participação de Jorge Pontual (em Nova York) que agora tem um quadro no programa - "Poema em Pauta" -  muitas vezes traduzindo a criação de poetas estrangeiros de uma forma muito agradável.

Gostei muito do poema, encontrei o vídeo (Globo News) mas não consegui trazer para cá.
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Vale o original:



PALABRAS PARA JULIA
Jose Agustin Goytisolo

Tú no puedes volver atrás
porque la vida ya te empuja
como un aullido interminable.
Hija mía es mejor vivir
con la alegría de los hombres
que llorar ante el muro ciego.

Te sentirás acorralada
te sentirás perdida o sola
talvez querrás no haber nacido.
Yo sé muy bien que te dirán
que la vida no tiene objeto
que es un asunto desgraciado.

Entonces siempre acuérdate
de lo que un día yo escribí
pensando en ti como ahora pienso.

La vida es bella, ya verás
como a pesar de los pesares
tendrás amigos, tendrás amor.
Un hombre solo, una mujer
así tomados, de uno en uno
son como polvo, no son nada.

Pero yo cuando te hablo a ti
cuando te escribo estas palabras
pienso también en otra gente.

Tu destino está en los demás
tu futuro es tu propia vida
tu dignidad es la de todos.
Otros esperan que resistas
que les ayude tu alegría
tu canción entre sus canciones.

Entonces siempre acuérdate
de lo que un día yo escribí
pensando en ti
como ahora pienso.

Nunca te entregues ni te apartes
junto al camino, nunca digas
no puedo más y aquí me quedo.
La vida es bella, tú verás
como a pesar de los pesares
tendrás amor, tendrás amigos.

Por lo demás no hay elección
y este mundo tal como es
será todo tu patrimonio.
Perdóname no sé decirte
nada más pero tú comprendes
que yo aún estoy en el camino.

Y siempre siempre acuérdate
de lo que un día yo escribí
pensando en ti como ahora pienso.
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Jose Agustin foi um poeta espanhol (de Barcelona) e dedicou a sua filha o que seria mais tarde o seu poema mais conhecido: Palabras para Julia, do qual Los Suaves e Paco Ibáñez  fizeram versões musicais.

Um poema assombrosamente doloroso pelas circunstâncias. Celebrando o nascimento da filha, com a intenção de amenizar o caminho dela na vida, levar-lhe um consolo, um alento, o que afinal não se cumpriu.

Acima de tudo ele amava a mãe, que se chamava Julia.
Quando nasceu sua filha, não teve dúvida e chamou-a também Julia.
Sobreviver a duas pessoas que amava tanto deve ter sido devastador...

*               *               *

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Considerações oportunas... eu acho


É assim:

Eu estava 'zapeando' a TV - os programas são horrorosos - e me deparo com a reprise do filme "Os Miseráveis ' - baseado no maravilhoso romance de Victor Hugo -  tratado como um musical.
Ficou lindo, diga-se.

Estou aqui lembrando-me do (s) livro (s) -  a obra é apresentada em 5 volumes (!). Calma, que a divisão foi apenas preferência do autor em esmiuçar as personagens.  Ninguém precisa encarar os cinco volumes.

A história é situada  no final do século XVIII até meados do século XIX, época em que ocorreram alguns acontecimentos históricos como a Revolução Francesa, a Batalha de Waterloo e outros.
Trata basicamente da vida de Jean Valjean, cidadão preso por ter roubado um pão. Condenado às galés, a partir de então seu caminho é tumultuado e repleto de aventuras nem sempre bem sucedidas.

Lembro-me também de quando lecionei em uma escola pública em Penedo e levei para a 8ª série a leitura da adaptação dessa obra feita por Walcyr Carrasco e os alunos adoraram participar do estudo. Isso em uma escola do interior (e põe interior aí) e jovens de famílias muito simples, alguns com pais analfabetos.  Arte é para todos sim!
Aliás, para quem tem preguiça (ou qualquer outro sentimento em reação à leitura) vai  uma dica da tal adaptação que é ótima:

Título: Os Miseráveis
Gênero: épico, ficção histórica e romance
Autor: Victor Hugo - adaptação de Walcyr Carrasco
Nacionalidade do autor: Victor Hugo - francês; Walcyr Carrasco - brasileiro
Editora: FTD
Lançamento: 1998
Número de páginas: 154 páginas

Acho importante sim, divulgar literatura clássica - da melhor qualidade - principalmente para as gerações mais jovens que pensam que tudo o que aparece por aí é novidade.  Puro engano.  Os grandes escritores já entendiam a humanidade e quase profeticamente falavam para todos os tempos.

Em essência, a especie humana é tremendamente repetitiva e tenho sérias dúvidas quanto a sua chamada evolução.  Em essência.  Os avanços externos são inegáveis.

Pois bem, começo pelo prefácio do próprio Victor Hugo - continua atualíssimo  (essência humana...)

"Prefácio - Victor

Enquanto, por efeito de leis e costumes, houver proscrição social, forçando a existência, em plena civilização, de verdadeiros infernos, e desvirtuando, por humana fatalidade,um destino por natureza divino; enquanto os três problemas do século - a degradação do homem pelo proletariado, a prostituição da mulher pela fome, e a atrofia da criança pela ignorância - não forem resolvidos; enquanto houver lugares onde seja possível a asfixia social; em outras palavras, e de um ponto de vista mais amplo ainda, enquanto sobre a terra houver ignorância e miséria, livros como este não serão inúteis.

Hauteville-House, 1862.1"

No canal youtube há alguns vídeos de trechos do filme, que também são lindos.





Enfim, gosto de incentivar a leitura de obras importantes  em qualquer época da vida, em qualquer situação ou país, aqueles autores predestinados a se tornarem os clássicos.

Sempre ajuda a nossa formação, o nosso entendimento dos acontecimentos cotidianos, tanto em nossa vida particular quanto no 'estar no mundo', ser presença na sociedade proporcionando um melhor jeito de aprender a pensar por si mesmo, principalmente nestes tempos esquisitos.

É isso e acredito que basta por hoje, né?

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segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Representação da Paz - Otacílio Rodrigues


Fotografia de OTACÍLIO RODRIGUES em Resende-RJ, margens do Rio Paraíba

Segundo Cartier-Bresson, "a máquina mais a perspicácia e o instinto do fotógrafo revelam o viés surreal da vida. Libertam parcelas de beleza escondidas no cotidiano."

Terceira imagem de sábado no domingo
Foto feita ontem em Resende às 16:54.
OTACÍLIO RODRIGUES

*        *        *

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Tristeza - Nick

Uma triste notícia agora à noite.
O Nick, cachorrinho da minha primeira filha, morreu hoje.

Pode parecer exagero para muitas pessoas, mas todos estamos tristes demais. Ele foi um companheirinho muito amoroso para ela por dez anos.
Sua morte é tão entristecedora quanto a de uma pessoa querida.
Algumas vezes ele passou um tempo aqui em casa comigo e  alegrava os meus dias com suas bagunças, correrias e brincadeiras.

Ainda bem que em nossa família não sentimos vergonha em expor o que vai em nosso coração.. Choramos juntos e nos consolamos uns aos outros quando passamos por momentos assim.

O amor dos bichinhos de estimação é incondicional. Principalmente dos cachorrinhos. Eles sentem nossa disposição interna,  se alegram ou se entristecem conosco e  merecem todo o nosso respeito e gratidão.

Obrigada, Nick,  pelo seu tempo de convivência conosco.

Não esqueceremos você, meu amor.

*    *    *


Autoconhecimento

Do Site "A mente é maravilhosa"

30 perguntas que libertarão sua mente

“Uma boa pergunta vale mais que mil respostas medíocres
e, habitualmente, mais que uma resposta inteligente”

Arte: Loui Jover

Você, alguma vez, já se encontrou com uma espécie de bloqueio mental que afetou a sua visão da vida, da felicidade e das relações humanas? 
Já se encontrou frente a dificuldade de tomar decisões sobre o seu futuro e não saber o que fazer ou que levar em conta na hora de decidir? 
Ou, simplesmente, uma mudança ocorreu e você não sabe para onde ela o levará?

Para tudo isso e muitas outras coisas mais, vale a pena fazer a si próprio as perguntas a seguir. 
Estas perguntas não têm respostas certas ou erradas, mas servem para ajudar a libertar-nos de todos os pensamentos limitantes e negativos que bloqueiam nossa mente e não nos permitem pensar com clareza. 

- Minha idade real corresponde com a idade que eu sinto ter?
- Se a vida é tão breve, por que faço tantas coisas que não gosto e adio o que eu realmente desejo fazer?
- Quando sinto que tudo está decidido e feito, ao que dediquei mais tempo: a decidir ou a fazer?
- Preocupo-me em fazer algo bem feito ou faço o que é certo?
- Se pudesse mudar uma coisa no mundo, e só uma, o que mudaria?
- Se a felicidade fosse uma moeda, ao que me dedicaria para me fazer rico?
- Luto para fazer o que gosto ou me conformo com o que faço?
- Até que ponto eu tenho o controle sobre a minha vida?
- O que eu faço quando alguém a que admiro ou respeito faz uma crítica desagradável e/ou injusta?
- Se pudesse dar um único conselho a uma pessoa, o qual lhe mudaria a vida, o que lhe diria?
- Quantas vezes um gênio já foi considerado um louco?
- Prefiro ser um gênio preocupado ou um bobo feliz?
- O que você sabe fazer que muitos não sabem?
- Que coisas desejo fazer e não fiz ainda? O que me impede?
- Ao que estou preso e que não me deixa avançar?
- Isso que ocorreu no passado tem, realmente, alguma importância?
- Por que eu sou eu?
- Sou o tipo de amigo que eu desejaria ter?
- Pelo que me sinto mais agradecido na vida?
- Qual é o momento mais feliz de minha infância? Por quê?
- Se não for agora, quando será?
- Se não consegui ainda isso que tanto sonho, o que eu estou esperando?
- Posso me permitir esperar mais algum tempo ou tenho que agir?
- Sinto que já vivi esse dia um milhão de vezes antes?
- Se amanhã, o mundo acabasse, com quem eu passaria o dia de hoje?
- Renunciaria a vários anos da minha vida para ser bonito/a e famoso/a?
- Qual é a diferença entre viver e estar vivo?
- Se sei que posso aprender com os meus erros, por que então tenho medo de fracassar?
- Como eu agiria se eu não tivesse ninguém que julgasse meus atos mais do que eu mesmo/a?
- Tomo minhas próprias decisões ou deixo que os demais as tomem por mim?


É importantíssimo reservar algum tempo todos os dias para ter um diálogo consigo mesmo e libertar a mente. Isso deixa a porta aberta para a criatividade e a reflexão consciente sobre quem somos, o que queremos ser, o que desejamos na vida e o que vamos fazer para conseguir.

Tomar as medidas necessárias a cada dia nos ajuda a entender se o que estamos fazemos está de acordo com as nossas crenças e nossos valores fundamentais. 
Celebrar nossas vitórias, por menores que sejam, nos ajuda a desfrutar e a viver uma vida que valha a pena.

Desbloquear a mente ajudará a nos sentir mais livre e a focar no que realmente se sente que deve fazer, no que faz  a vida ter sentido.

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A trolagem continua

Cada vez mais enojada com o discurso do governo.

A manchete (lead) :  "Levy afirma que ajuste fiscal vai exigir o sacrifício de todos."

Que frase mais clichê, mais chavão...

No corpo do texto:   "O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que o governo deve fazer cortes de gastos para atingir o equilíbrio fiscal e que isso vai exigir sacrifícios da população."

Então tá. Ficou claro que a corja governante não faz parte da população.  "Eles" não são "todos".
Agora, sim. Agora é fácil entender a separação.  A plebe é rude.

E continua:
"Lembrado que muitas empresas que contratam com o governo estão envolvidas na Operação Lava-Jato, Levy disse que isso só mostra que no Brasil a lei funciona e frisou que os editais facilitam a entrada de novas companhias, estimulam a concorrência e é necessário ainda melhorar a qualidade dos contratos."

É preciso mesmo muita falta de vergonha na cara  para dizer uma coisa dessas, né não?
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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Comemorando?

Neste 7 de setembro, venho lembrar ao Brasil  o desperdício que têm sido  todos esses séculos, desde a chamada 'descoberta' destas terras privilegiadas pela Natureza - e é apenas esse o privilégio.  Sim, não se pode negar: é um país lindíssimo e "gigante (apenas) pela própria Natureza".

Independência... não sei.  Não se pode dizer independente um país seriamente comprometido com o descaso, abandono mesmo, de sua população.
Não é independente um país cujos dirigentes estão envolvidos em tamanha rede de descrédito e falta de compostura política.
Não é independente uma nação insultada e agredida todos os dias com as notícias do desmando e do deboche de seus governantes.

Jamais será independente um país omisso quanto à Educação, Saúde e Segurança de seu povo.

Nem posso dizer "sinto muito" por isso - seria muita hipocrisia - não sinto nada.
O fato é que não tenho mesmo nada a comemorar.

O que sinto é muita, muitíssima VERGONHA de ser brasileira.

*               *               *

Complemento:

Brasil: ame-o, deixe-o ou ignore e 
faça de conta que não é com você

Leonardo Sakamoto 07/09/2015 16:08, no Blog do Sakamoto

Discursos nacionalistas empacotados e entregues em datas cívicas são tão válidos quanto uma nota de três reais. Melhor faria se o governo brasileiro, ao invés de financiar desfiles, enviasse o exército para proteger as comunidades indígenas no interior do Brasil, que estão levando um cacete de produtores rurais.

Aliás, no lugar de passarmos em revista nossas forças armadas, neste 7 de setembro, autoridades e população deveriam aproveitar a data e discutir medidas para que a cidadania deixe de ser monopólio de um pequeno grupo de abonados. Por que chamamos indígenas de intrusos, sem-teto e sem-terra de criminosos, camponeses de entraves para o desenvolvimento e trabalho escravo de efeito colateral do progresso? Por que choramos a tragédia de sírios enquanto chamamos refugiados haitianos de vagabundos por aqui?

Também poderíamos nos reunir nessa data festiva para acabar com o terrorismo de Estado – praticado durante os anos de chumbo da ditadura e aplicado diariamente nas periferias das grandes cidades para controle das “classes perigosas. Seja através da reforma das nossas polícias, seja através do ataque à impunidade de milícias, grupos de extermínio e policiais justiceiros.

Vestir-se de verde e amarelo, enrolar-se em uma bandeira e encher o carro de fitinhas não é necessariamente demonstração de amor a um país. Ao mesmo tempo, a independência de um povo passa menos por armas e tropas e mais pela ação para garantir a dignidade de quem vive no mesmo território, não importando quanto se tem no banco, a cor de pele, a religião, o sotaque, o posicionamento político, a identidade de gênero e a orientação sexual.

O melhor de tudo é que todas as vezes que alguém levanta indagações sobre o Brasil, que serve a poucos, essa pessoa é acusada de não amar o país, no melhor estilo “Brasil: ame-o ou deixe-o''.

Datas assim seriam ótimas para fomentar o conhecimento do brasileiro sobre si mesmo e, portanto, reflexão e ação. Mas me pergunto se estamos preparados para perceber que a imagem que construímos de nós mesmos é uma cascata da grossa e que somos – dos políticos, passando pelos empresários e cidadãs comuns – muito mais sujos e egoístas que acreditamos ser. E que o problema não é apenas  outro, mas nós mesmos.

Eu aposto que, ao invés de irmos tomar banho, jogaríamos o espelho fora.

*            *            *

domingo, 6 de setembro de 2015

Definitivamente... tô fora

Estou encolhida aqui. O termo que encontrei para resumir a situação. Encolhida.
São as notícias escabrosas sempre aumentando e me fazendo encolher ainda mais.
Quem sabe,  eu desapareça, desintegre, vire purpurina, vá pra Pasárgada?

Sobre o absurdo das mortes de refugiados, bate na minha cara a seguinte manchete: "Naufrágio da humanidade."
É para se pensar muito nos vários sentidos.
A humanidade em nós - os supostamente humanos - afundou, sumiu, desapareceu no oceano de crueldade, de indiferença, de curiosidade mórbida.

"Mais de 2.300 mortes foram noticiadas este ano - dois afogados por hora no Mediterrâneo. Na semana passada, 4 crianças estavam entre os 71 asfixiados num caminhão na Áustria. A diferença é que, desta vez, o mundo foi obrigado a ver."

Para quem quiser ler sobre o assunto, está lá,  no 'Estadão'.  Eu não posso mais.

O que sinto em tudo isso - só posso mesmo sentir, uma vez que nada entendo de política internacional ou nacional - o que verdadeiramente sinto é que os problemas atualmente só são vistos pelos efeitos, pelas consequências. Não se buscam as causas,  Desse modo, como encontrar solução?
Não importa, há problemas - grandes problemas - no mundo todo. Oriente Médio, Europa, Américas, enfim a balbúrdia é geral.

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