sábado, 19 de abril de 2014

Celebrações...


Pintura de Leonardo da Vinci feita na parede do refeitório
do convento de Santa Maria delle Grazie, em Milão.”
Admiro profundamente essa obra de Da Vinci. Momento em que Jesus se reúne pela última vez com seus apóstolos.
Início da Paixão de Cristo. Entrada festiva em Jerusalém, traição de Judas Iscariotes, julgamento, condenação, tortura até o Calvário. Depois, no domingo, a ressurreição.

Assim me foi contada a mais bela história.

Entretanto, apesar da tentativa de ensinamentos à humanidade, do jeito que o mundo caminha penso ser de uma enorme hipocrisia todas essas celebrações de eventos religiosos durante o ano.
Natal e Páscoa, por exemplo: tendo sido educada com as tradições cristãs, é claro que esses rituais se enraizaram na minha formação, mas com o passar do tempo foram perdendo, para mim, o significado aprendido. Mesmo porque tive sempre a curiosidade de conhecer o surgimento de tais tradições e a maioria delas se mistura a festas pagãs e a muitas outras formas de religião.

Hoje, no meu modo de ver, ficaram apenas as convenções, a repetição de comemorações do passado como tradição histórica. Sinto um certo cansaço em explicar como isso aconteceu.
A vida, a vida que segue arredondando as nossas arestas, corrigindo nossa trajetória, ensinando-nos o tempo todo a não esperar senão o que nos está destinado.
Apenas o ciclo. Independentemente da nossa vontade ele se cumpre.

Temos na família - filhas, genros e netos - o hábito de nos reunirmos com certa frequência.
Nada impede que, desta vez, em mais uma celebração da vida, eu os receba neste domingo com uma bela feijoada, a pedido de uma das filhas.
Nada impede, também, que a reunião seja entendida como comemoração da Páscoa.


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