“Pintura de Leonardo da Vinci feita na parede do refeitório do convento de Santa Maria delle Grazie, em Milão.” |
Início da Paixão de Cristo. Entrada festiva em Jerusalém, traição de Judas Iscariotes, julgamento, condenação, tortura até o Calvário. Depois, no domingo, a ressurreição.
Assim me foi contada a mais bela história.
Entretanto, apesar da tentativa de ensinamentos à humanidade, do jeito que o mundo caminha penso ser de uma enorme hipocrisia todas essas celebrações de eventos religiosos durante o ano.
Natal e Páscoa, por exemplo: tendo sido educada com as tradições cristãs, é claro que esses rituais se enraizaram na minha formação, mas com o passar do tempo foram perdendo, para mim, o significado aprendido. Mesmo porque tive sempre a curiosidade de conhecer o surgimento de tais tradições e a maioria delas se mistura a festas pagãs e a muitas outras formas de religião.
Hoje, no meu modo de ver, ficaram apenas as convenções, a repetição de comemorações do passado como tradição histórica. Sinto um certo cansaço em explicar como isso aconteceu.
A vida, a vida que segue arredondando as nossas arestas, corrigindo nossa trajetória, ensinando-nos o tempo todo a não esperar senão o que nos está destinado.
Apenas o ciclo. Independentemente da nossa vontade ele se cumpre.
Temos na família - filhas, genros e netos - o hábito de nos reunirmos com certa frequência.
Nada impede que, desta vez, em mais uma celebração da vida, eu os receba neste domingo com uma bela feijoada, a pedido de uma das filhas.
Nada impede, também, que a reunião seja entendida como comemoração da Páscoa.
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