sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

MUDANÇA DE ARES...


Cruzes! Estive relendo as postagens e me dei conta de que não posso continuar naquele tom. Não posso e não quero... porque acabo virando mais uma panfleteira de esquina.
As coisas são como são. Agora, é pagar para ver...

Certa vez, uma aluna - em sua adorável inocência, própria da idade (na época, os jovens ainda eram inocentes para as coisas do mundo) - me perguntou por que as pessoas mais velhas cobravam dos jovens a disposição para mudar o que não consideravam justo ou correto e por que a geração anterior teria deixado tantos problemas para os jovens resolverem. 
Aluna esperta, atenta, participativa, não? 
Eu lhe disse que cada geração faz  - ainda que não mude tudo - o melhor que pode; com o idealismo, com a  força e crença juvenis de que contribui para um mundo melhor.
Os novos desafios fazem parte de um mundo também novo e sempre é a vez das novas gerações.
O que entristece é que muito dos ideais de cada geração sempre fica pelo caminho e não chega a contagiar a geração vindoura.  Mas não se pode simplesmente desistir.
É como aquela historinha atribuída aos chineses: se cada morador limpar a frente de sua casa, em pouco tempo toda a rua estará limpa, toda a cidade estará limpa, todo o país estará limpo e o mundo todo será limpo também.
Acredito, sim, que qualquer mudança precisa começar pelo indivíduo.
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Bem, agora chega de bancar o Américo Pisca Pisca, aquele personagem de Monteiro Lobato que queria modificar o mundo. É... sou também filha de Lobato.

Vamos às mudanças de tom:  recomecei a pintura.
Estava meio desanimada, pintei apenas umas três ou quatro telas nos últimos dois anos, mas agora comecei um novo quadro. Fase estilizada, sem pretensões, com um apelo mais interior.  Vamos ver no que vai dar... 
Preciso de mais disciplina e a pintura me obriga a ter esse compromisso. 
Estava me sentindo muito solta, sem algo que me motivasse a ter uma vida mais produtiva e agradável. 
Esse negócio de aposentadoria é um pouco uma armadilha, sabe?  Pelo menos para mim. Estava me sentindo indolente, preguiçosa, sem viço.  Daí para desenvolver doenças e manias... Eu, hein?!  Vamos trabalhar!
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