terça-feira, 30 de abril de 2013

Caxirolas e Caxixis - xiiiiii...


caxirola

Criado pelo artista Carlinhos Brown, a caxirola será a versão brasileira da vuvuzela, instrumento que fez sucesso na Copa do Mundo da África do Sul em 2010.

Similar ao caxixi, uma espécie de chocalho usado na capoeira e com som próximo ao pau-de-chuva, a caxirola é feita de plástico verde e amarelo e pretende fazer barulho durante os jogos da Copa em 2014.

O lançamento para o público foi feito ontem, na partida entre Vitória e Bahia pelo campeonato baiano, porém a caxirola já havia sido certificada pelo Ministério do Esporte em setembro do ano passado.

Durante o jogo, no entanto, houve uma grande polêmica. Foram distribuídas 50 mil caxirolas para os torcedores que, insatisfeitos com o resultado do jogo (o Bahia perdia por 2 a 0), lançaram os instrumentos no campo.
(The Christian Post - 29 de abril 2013)
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Gente, essa história da caxirola é séria e tem gerado inúmeras matérias sobre o assunto, seja pelo desperdício de dinheiro, seja pelo barulhão, seja por pressão política - sei lá.
O fato é que tenho me divertido ao ler alguns textos truncados, confusos, dando margem a duplo sentido. Olha só o que garimpei:

"Lá sabem que ela é uma réplica do caxixi, chocalho complemento do berimbau."

"Até a presidente Dilma Rousseff acabou como garota propaganda do instrumento."

"Ao lado de Marta Suplicy chacoalharam a caxirola para os fotógrafos."

"Mal assessorada, Dilma referendava o instrumento."

"Ela não tem a menor intimidade com estádios de futebol."

"E lá foram Dilma e Marta à Fonte Nova posar com seus caxixis de plástico."

Trecho de uma matéria no jornal inglês The Guardian:

"Se você pensou que vuvuzelas eram ruins, espere até ouvir a caxirola. Um pequeno pedaço de plástico reciclado verde e amarelo. E trazido para nós pelo Ministério do Esporte."

Tô falando... este é mesmo o país da piada pronta, como diz o José Simão.  Aff!!

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segunda-feira, 29 de abril de 2013

PAULO VANZOLINI - Mais um adeus na MPB


Paulo Emílio Vanzolini 
(São Paulo, 25 de abril de 1924 — São Paulo, 28 de abril de 2013) 

Zoólogo e compositor brasileiro, autor de famosas canções como "Ronda", "Volta por Cima" e "Na Boca da Noite".

Um dos idealizadores da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e ativo colaborador do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, que com seu trabalho aumentou a coleção de répteis de cerca de 1,2 mil para 230 mil exemplares.
Adaptou a Teoria dos Refúgios a partir de estudos conjuntos com o geomorfologista Aziz Ab'Saber e com o americano Ernest Williams. Refúgio foi o nome dado ao fenômeno detectado nas expedições de Vanzolini pela Amazônia, quando o clima chega ao extremo de liquidar com uma formação vegetal, reduzindo-a a pequenas porções. Assim formam-se espaços vazios no meio da mata fechada.

Formou-se em 1947 e se casou em 1948, com Ilse. No ano seguinte, foi para os Estados Unidos, onde obteve o doutorado em Zoologia pela Universidade de Harvard.

Em 1951, por insistência do amigo Geraldo Vidigal, publicou pelo Clube de Poesia o livro Lira de Paulo Vanzolini. No mesmo ano, compôs o samba Ronda.

Em 1953, foi convidado por Raul Duarte para trabalhar na TV Record, produzindo os programas de Araci de Almeida. Nesse ano, o cantor Bola 7 fez a primeira gravação de Ronda, acompanhado por Garoto e Meneses, nas cordas, Mestre Chiquinho no acordeão e Abel na clarineta.

Em 1959, o violonista José Henrique, dono da boate Zelão, mostrou o samba Volta por Cima ao cantor Noite Ilustrada, que o lançou em 1963, pela Philips, com estrondoso sucesso.
Nesse mesmo ano Paulo Vanzolini foi nomeado diretor do Museu de Zoologia.

Em novembro de 1967, Luís Carlos Paraná, da boate Jogral, e Marcus Pereira, dono de uma agência de publicidade, resolveram produzir um LP com as composições inéditas de Paulo Vanzolini, conhecidas apenas por seus amigos frequentadores das mesmas rodas de samba.

Faleceu ontem, 28 de abril de 2013, em São Paulo, aos 89 anos . Estava internado desde o dia 25 (seu aniverário) na UTI do Hospital Albert Einstein, com uma pneumonia extensa.

"Quando eu for, eu vou sem pena
Pena vai ter quem ficar..."

(trecho de uma de suas composições - Interpretação de Chico Buarque de Holanda))


*            *            *

quinta-feira, 25 de abril de 2013

DRUMMOND - na dor



(...)
"Ser irmão é ser o quê? Uma presença 
a decifrar mais tarde, com saudade? 
Com saudade de quê? De uma pueril 
vontade de ser irmão futuro, antigo e sempre? "

Carlos Drummond de Andrade

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terça-feira, 23 de abril de 2013

O PODER DA ORAÇÃO - na dor

"Ó São Jorge, meu guerreiro, invencível na Fé em Deus, que trazeis em vosso rosto a esperança e confiança, abrí os meus caminhos.
Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer algum mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrarão sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentarão sem o meu corpo amarrar.
Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de Sua santa e divina Graça, a Virgem de Nazaré me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e
Deus, com Sua Divina Misericórdia e Grande Poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meus inimigos.
Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estendei-me o vosso escudo e as vossas poderosas armas, defendendo-me com a vossa força e vossa grandeza;  e que debaixo das patas de vosso fiel cavalo meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós.
Ajudai-me a superar todo o desânimo e alcançar a graça de que tanto preciso ( ...) 
Dai-me coragem, esperança e fortalecei minha Fé;  auxiliai-me nesta necessidade.
Com o poder de Deus, de Jesus Cristo e do Divino Espírito Santo. Amém!

São Jorge rogai por nós!"
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REDIMINDO-ME , UM POUCO - José Saramago

José Saramago
Assisti ontem, no Canal Brasil, a um longo documentário sobre o escritor José Saramago e sua mulher Pilar del Rio.

Confesso que, por dever de ofício, comecei a ler Saramago e não gostei muito. 
(Ah, sou tão atrevidinha que eu mesma me surpreendo: o homem é Prêmio Nobel de Literatura,1995, Prêmio Camões,1998 e eu ouso 'não gostar'). Liguem não, é só o que eu chamo de implicância literária. 
Também implico com alguns brasileiros aclamadíssimos: Jorge Amado, Nelson Rodrigues, Rubem Fonseca, entre os mais jovens Fabrício Carpinejar, Caio F.Abreu, enfim, coisas da minha cabeça.

Na opinião desta reles leitora, os romances de Saramago se apresentam  prolixos, redundantes, cansativos pela narrativa arrastada, as frases que parecem parágrafos, os parágrafos que parecem capítulos e tudo demorando muito, demais.
Realmente não chego a ser encantada pela sua literatura. Talvez por não ter aprofundado e diversificado a leitura de sua obra, não sei.
Li 'Memorial do Convento', 'O homem duplicado', 'Ensaio sobre a cegueira ' e As Intermitências da morte'.  
Recentemente andei lendo Saramago poeta - então, sim, gostei de verdade.

Quanto ao documentário, é emocionante. Sem cortes abruptos, aborda longo período da vida do escritor, suas viagens, seus momentos de descanso, as entrevistas, sua convivência com Pilar - extremamente sensível - enfim, aspectos biográficos relevantes para maior compreensão do talento desse homem.
Sua biografia é fascinante. Uma vida extremamente produtiva, riquíssima em realizações.
Emocionei-me diversas  vezes,  como quando ele responde a um repórter que lhe perguntou o que ele desejaria mais depois de tanto sucesso, tantos prêmios, tanto dinheiro, e ele diz: "Tempo... tempo e mais vida." 
Para refletir, não? 
Muito bom mesmo.

Maravilhoso o  próprio autor dizendo um dos textos de seu "Cadernos de Lanzarote" :

"23 de Fevereiro de 1994

Levaram Deus a todos os lugares da terra 
e fizeram-no dizer: 
'Não adoreis essa pedra, essa árvore, essa fonte, 
essa águia, essa luz, essa montanha, 
que todos eles são falsos deuses. 
Eu sou o único e verdadeiro Deus.' 

Deus, coitado dele, estava caindo 
em flagrante pecado de orgulho.

Deus não precisa do homem para nada, 
excepto para ser Deus.

Cada homem que morre é uma morte de Deus. 
E quando o último homem morrer, 
Deus não ressuscitará.

Os homens, a Deus, perdoam-lhe tudo, 
e quanto menos o compreendem mais lhe perdoam.

Deus é um silêncio do universo, 
e o homem o grito 
que dá um sentido a esse universo."

*            *            *

Esse texto foi motivo de gritaria geral na sua própria terrinha que, primeiro o destratou e depois conferiu-lhe honras. 
Ai, a hipócrita política em todos os lugares do mundo... e a hipocrisia geral.

Sempre assim com as almas superiores: lembrar CharlesChaplin.

** 
A pior forma de gostar é ter. 
A melhor forma de ter é gostar.  
(José Saramago)


sexta-feira, 19 de abril de 2013

'GENTE DO INTERIOR'


A TV estava ligada em um desses programinhas de variedades - são tantos e tão chatos - quando ouvi a apresentadora (aquela de fala molenga) se referir ao 'povo do interior', sem esquecer, ainda bem, que ela mesma nasceu e cresceu no 'interior'
.
Continuando: dizia ela que estava usando uma expressão característica do 'povo do interior', como se fosse algo menor, ou que o "povo da cidade grande" - a boboca ainda se utiliza desses termos - tem a fala mais elaborada. Não me contive e dei aquela minha risadinha que alguns já conhecem... Pois é, vivo no 'interior' mas tenho cá as minhas ironiazinhas...
E fiquei pensando: quanta idiotice em rede nacional - xiii, a emissora é internacional, desculpaêê.

Será que ela desconhece que no 'interior' há escolas, universidades, e que, principalmente, o 'povo do interior' tem mais tempo para se dedicar às coisas que interessam, podendo estudar, trabalhar, ler, navegar na internet, passear  sem tanto stress, as pessoas saem sem aquelas preocupações incríveis com segurança e sem pensar que podem não voltar para casa?

No 'interior' se vive, moça. Aliás, vive-se bem. Pode ser que não haja tantos teatros, tantos cinemas, tantos restaurantes, tantas casas de espetáculo, tanto tantos... mas temos alguns, temos alguns.
Além disso, livrarias, jornais, revistas, internet e TV (essa dispensável, na minha opinião), agora invadiram tudo, né? Até o 'interior'. 'Interior' ao qual ela se referia - não se trata de zona rural. É só 'zona interior'.
Ah, também nos locomovemos para a 'cidade grande' quando nos interessa. E quer saber? Triste de quem precisa sair do 'interior' para ganhar a vida nas metrópoles.

Outra coisa: em relação à linguagem utilizada pelos apresentadores de TV, que eles estudem mais, informem-se mais, e parem de falar tanta bobagem.

É preciso pedir a ela - ô apresentadorazinha arrogante - que leia a linda crônica de Rachel de Queiroz,  escrita quando a mídia mais acessível ao 'interior' eram apenas o rádio e a TV.
De lá para cá as coisas mudaram, moça. Infelizmente, mudaram.

Aí vai a crônica da grande Rachel (que, aliás, era também do 'interior' e continuou sendo Rachel de Queiroz, para alegria da 'cidade grande').

*            *            *

Vai na Onda
Rachel de Queiroz

A TV e rádio estão criando um novo idioma nacional. Isso é bom?
A pergunta é de todos: para onde irá evoluir esta nossa língua portuguesa, que a maioria de nós chama de brasileira?
De primeiro, as províncias isoladas pelo mar ou pela vastidão das terras vazias formavam um arquipélago de falares, cada ilha com a sua linguagem própria, seu acento - que, nas regiões de influência estrangeira se poderia chamar de sotaque, como o "italianinho" do Brás ou o alemão do Vale do Itajaí. E não só o acento ou o sotaque eram diversos, os nomes dos bichos, das árvores, dos objetos, as locuções do cotidiano podiam tornar impossível a conversa de um paraense com um gaúcho. Mesmo porque, separados ambos por quase toda a extensão do continente, outros eram os bichos e as plantas, outras as tradições domésticas criadoras de fala familiar.

Assim mesmo, ninguém poderia dizer que nortistas e sulistas falassem dialetos diferentes. A língua, tão rica e plástica que é, conserva-se basicamente a mesma. E quando escrita pelas camadas mais cultivadas de brasileiros, não apresentava diferenciações importantes. No papel, a língua era rigorosamente a mesma, ao Sul ou ao Norte, sem se desestruturar em dialetos. Aquela mesma língua bela e nobre que os portugueses nos deram e que aqui nós adoçamos, enriquecemos, africanizamos, tupiniquinizamos em parte, mas só alisando arestas, só abrandando os proparoxítonos, só desembolando alguns pronomes enclíticos e mesoclíticos por demais puxados para nosso fôlego.

E eis que de repente rebentou a era do rádio; e em seguida a era da televisão. A princípio deu-se até uma espécie de choque cultural com a invasão dos lares provincianos pelas vozes dos locutores cariocas, pois nessa época o predomínio cultural do Rio era total.

Mas a grande revolução ainda não foi essa - ela chegou com o transistor. Já havia TV, então, mas apenas nas cidades grandes e restrita à classe média. As vozes que invadiram o Brasil de ponta a ponta vieram mesmo nas asas dos pequenos rádios de pilha munidos de transistores. Emitidas pelas redes nacionais mais potentes, alcançavam até as ocas dos índios no Xingu e os sertões mais profundos a Leste e Oeste.
Claro que havia, paralelamente, as pequenas emissoras locais; e chegava a ser patético o esforço dos moços "espíquers" do interior, tentando falar com os ídolos do Sul-maravilha, como os Cesar Ladeira e Heron Domingues. 
Os jogos dos grandes clubes de futebol do Rio e de São Paulo passaram a ser transmitidos nacionalmente, como os programas de auditório da rádio nacional e as primeiras novelas.

Veio aí a eletrificação do interior e a TV se tornou acessível a todo o Brasil. Os padrões regionais desaparecem. Um roqueiro do Recife canta igual a outro roqueiro do Paraná. E no fundo todos cantam o rock internacional. E o que os gramáticos e os nacionalistas não conseguiam, de repente invadiu tudo como um macaréu: o falar nacional cada vez se igualiza mais, passando por cima de todas as diferenças regionais.

A pena é que o nivelamento se tenha feito tão por baixo. Pois os padrões linguísticos, impostos pela TV e pelo rádio nem sempre são aceitáveis e às vezes são chocantes. É ótimo se falar linguagem coloquial, mas não precisa abusar. Afinal não é preciso falar como os analfabetos para que os analfabetos nos entendam. Basta falar de modo claro e singelo, mas correto. E os analfabetos, além de compreenderem o que foi dito, talvez possam até aprender um pouco.

Além do mais, já pensaram que para assistir e apreciar TV e rádio não é indispensável saber ler? E esse é o grande perigo.
*            *            *

quarta-feira, 17 de abril de 2013

DESEJO E REPARAÇÃO - filme da tarde

'Desejo e Reparação' 
filme de Joe Wright

Ontem à tarde assisti a um filme muito bonito. Um drama de época - 1935, iminência da 2ª guerra Mundial - baseado num livro do autor britânico Ian McEwan.

O diretor Joe Writh é o mesmo do filme Orgulho e Preconceito,  de 2005,  e traz também a mesma atriz, Keira Knightley, agora na personagem  Cecília Talles, primogênita em uma família aristocrática inglesa.

No papel principal, uma adolescente de 13 anos,  esperta  - Briony Talles - já demonstra  talento e imaginação para  escrever. Suas peças e histórias surgem a partir da observação do cotidiano na própria família.
Certa vez, espiando por uma janela da mansão, Briony assiste ao encontro de sua irmã Cecília com Robbie Turner, filho da governanta, e por quem a adolescente se achava apaixonada.

Alguns outros parentes estavam hospedados ali e quando ocorre uma violência sexual contra uma das primas, Briony se apressa em acusar Robbie, pensando assim separar definitivamente o casal.
O rapaz é preso e, para não permanecer na cadeia aceita alistar-se e lutar no front francês.

Durante o período da guerra, as duas irmãs se tornam enfermeiras e isso poderia ser mais um clichê  em filmes sobre o tema, entretanto, o final surpreende pela criatividade.

A atriz Vanessa Redgrave aparece no finalzinho para dar vida à Briony já madura e escritora consagrada.
Numa entrevista para a TV, a escritora revela o final do livro  - 'Reparação' -  afirmando ser o último romance que escreve pois é portadora de grave doença degenerativa.
A tal revelação do livro pretende suavizar o drama - como em muitos filmes de guerra que acabam  em  happy end, mas não é bem assim.

Melhor assistir ao filme. Na minha opinião, vale a pena

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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Miscelânea...

Muita coisa animando o pedaço. As aulas de pintura - com a Prof. Marli Lemos - agora ocupam o espaço da minha varanda às quintas feiras. Isso mesmo. Foi um bom arranjo para mim  também. Quem sabe assim eu me entusiasme e volte a pintar...

Estou terminando um painel para a Lívia - ela pediu para colocar  na sala de depilação.
Engraçado é que essa tela foi feita em 2007,  quando ganhei menção honrosa no MAM-Resende com outro trabalho intitulado "Crescimento" - um coqueiro em estilo bem acadêmico tendo um fundo em estilo moderno. A mistura parece ter agradado.
Olha ele aí:


O painel para a Lívia tem por título  "Ver de perto" - uma folhagem verde em fundo branco.

Sugeri retocar todo o painel, acrescentando um leve tom lilás no fundo, numa referência ao logotipo da Depil Art Lívia.  Penso que vai ficar bonito.


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Mudando de assunto...

Encontrei no youtube um vídeo do Nat King Cole cantando várias músicas - An Evening With Nat King Cole - do show 'BBC TV special from 1963 Summer by Nat King Cole', um tempo que me traz as mais suaves e bonitas recordações da minha adolescência.
Quem estava lá deve se lembrar também... o ano de 63, a turma do 'Granbery', o calouro de Direito, os amigos calouros da Engenharia, os da Medicina...
Tempo muito diferente, divertido e ingênuo.
Enfim, tudo passou e deixou uma linda lembrança. Só lembrança agradável, saudade não.
Nat King Cole era a paixão americana da época. E era muito bom mesmo. É só conferir.
Garanto que vale a pena ver e ouvir este vídeo.


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sábado, 6 de abril de 2013

MÔNICA CINQUENTONA



MÔNICA VAI VIRAR UMA CINQUENTONA...
Jane Sonda - Sábado, 23 Fevereiro 2013 

Até tu, Mônica? Você, que até ontem carregava o seu coelho para cima e para baixo, que mandava no Cebolinha fazendo com que ele tivesse muita vontade de te sacanear, que era tão amiga do fedido do Cascão, da comilona da Magali, do caipira Chico Bento, que vivia brincando na rua, que também levava o Floquinho para passear, aquele cão misterioso cheio de franja do Cebolinha, até você fez 50 anos?

Pô, Mônica, já foi um baque saber que o Maurício de Souza tinha traído a nossa geração e feito você crescer, te tornando uma adolescente coquete cheia de frufru, cabeluda, peituda, gostosona e esbelta! Para mim, que invejava o seu coelho, que te achava o máximo porque você era porreta, vê-la se tornar uma Barbie, foi um choque, verdadeiro abandono. Afinal, o mundo seria das Barbies, se até você se converteu?

Fiquei sabendo que o seu criador vai te tornar agora uma coroa cinquentona. Que choque! Cresci com toda a minha geração falando que o sonho e o desejo não têm idade e você aí, sonho da minha infância, dando uma de passadona? Teria você se transformado num tipo Miranda Priestly, a cruel editora executiva encarnada por Meryl Streep em o Diabo Veste Prada e trocado o seu (hoje) inofensivo coelho por aquele scarpin sanguinolento de salto 35, fino como uma agulha de injeção?

E o Cascão, então, como fica? Será que vão torná-lo um metrossexual cheio de perfume? Será que farão do Cebolinha um diplomata poliglota, ou orador de culto evangélico, falando todos os erres? E o Chico Bento? Um latifundiário, deputado da bancada ruralista? Magali, então, virou anoréxica, por acaso tem algum blog que ensina a driblar a fome na pré menopausa?

Não, Mônica, isso não tá certo. Diz lá para o seu criador que nós, que fomos crianças junto com você, não autorizamos que você entre na menopausa, que fique coroa, que tenha bico de papagaio na cervical, que fique neurótica fazendo check ups anuais, pois você é a criança que ainda frequenta os nossos sonhos.
Você é como o bolinho de chuva, a brincadeira de cabana feita com lençol, no meio da sala, o jogo da estátua, os 5 saquinhos que costurávamos e enchíamos de arroz para depois ficar jogando para cima, as coleções de figurinhas da copa do mundo, a travessa cheia de pastel sem saber da existência do colesterol.

Mas será que até tu retiraram do nosso sonho e te fizeram cair na real? Mônica, vai dizer lá para o seu criador que você não é patrimônio dele, mas da nossa infância. Que você é como as fadas, que não têm idade e como as bailarinas, que não usam calcinha furada.


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REVENDO CONCEITOS...



Não deu certo a tentativa de mudança radical... Tô falando que radicalismo não presta...hahahaha!!!

Foi assim: olhava no espelho a todo momento e não me reconhecia. Olhava de novo... parecia a cabeleira do Ferreira Gular (desculpaê, poeta); depois, minha pele do rosto ficou com aspecto avermelhado (parecia uma finlandesa idosa (desculpaê colônia finlandesa); depois, parecia a barba do Papai Noel ( desculpaê, Finlândia, de novo).  Enfim, não fiquei confortável.

Uma amiga perguntou no face se eu ia pintar ou deixar os brancos aparecerem... Que gentil, né? 
Passei dois dias com o cabelo branquinho - todo branco - o que não corresponde à realidade. 
O problema é que não estou grisalha, mas com tufos de cabelo branco em alguns lugares. Vou esperar uns seis meses ( a química é agressiva) e cortar bem curtinho...bem curtinho, para deixar crescer ao natural. Vamos ver o que acontece. Eu preciso é me sentir bem comigo mesma. 

Voltei, então ao castanho - mas dessa vez ficou mais claro por causa da maluquice da descoloração. Mas está bom, estou legal.


quarta-feira, 3 de abril de 2013

RADICAL (literalmente 'de raiz')



Pois é... ra-di-ca-li-zei.
Há algum tempo eu vinha observando que precisava retocar a tintura do cabelo a cada vez com mais frequência - agora de 15 em 15 dias.  Comecei a pensar que era hora de assumir os fios brancos - fios? - acho que mais de 50%...
Enfim, ensaiei, ensaiei... consultei 'as bases' - as filhas, alguns amigos - e todos foram contra. Porque eu teria a aparência envelhecida, porque pareceria descuido, porque isso, porque aquilo. Fui protelando a decisão... até ontem, 2 de abril.
Não queria cortar muito curto e ficar esperando o crescimento natural dos cabelos. A cabeleireira, a meu pedido, descoloriu tudo. Fui para o salão às 9 da manhã e saí às 19 horas. Verdade. No processo de descoloração, a princípio o cabelo ficou num tom alaranjado, depois amarelo, e foi clareando, clareando.... até ficar como o pelo do Nick, o cachorrinho maltês da minha filha - branquinho.
E cá estou eu, de cabeleira branca. Não está grisalho, está branco. Miranda, em 'O diabo veste Prada'.
Estranhíssimo. Ainda não me acostumei e quando passo por um espelho não me reconheço.

Por telefone, dei a notícia a duas filhas e as reações são muito diferentes: a caçula se horrorizou - 'Pra que isso, mãe? Ficar velha...'. Como assim, 'ficar velha'? Já estou velha, novinha.  A outra filha riu muito e quis saber detalhes. Só quero ver a reação do netinho de 1 ano... Não vai me reconhecer e vou ter que conquistá-lo novamente.
Até agora, nenhum conhecido ainda me viu, mas estou curiosa em receber a opinião alheia. O problema é que as pessoas não falam o que pensam.

Não posso dizer se gostei ou não. Vamos dar tempo ao tempo. Mesmo que não goste, preciso esperar uns 20 dias antes de aplicar  nova tintura, portanto, ficar tranquila, decidir se mantenho as melenas branquinhas, ouvir os comentários ou suportar os olhares, ah, porque vão olhar sim...para o cabelo. Costumo dizer que depois dos 60 anos de idade, nós, as pessoas comuns, nos tornamos invisíveis.
'Eu continuo a mesma , mas os meus cabelos... quanta diferença!'

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