sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Filme "A LISTA DE SCHINDLER" - chororô na tarde...



Muitas vezes reservo a tarde para rever algum filme interessante e do qual eu tenha gostado muito.
Ontem foi a vez de “A lista de Schindler", filme americano de 1993 – bem antiguinho, mas, na minha idade, 20 anos que se passem parecem 2.

Vencedor de 7 prêmios Oscar, baseado no livro homônimo de Thomas Keneally o filme tem a direção de Steven Spielberg, com os atores Liam Neeson, Ben Kingsley e Ralph Fiennes nos papéis de destaque.

Filmado todo em preto e branco, talvez para sugerir um aspecto ainda mais sombrio de todo o horror da perseguição nazista aos judeus.

Narra a trajetória, durante a 2ª guerra, do industrial tcheco Oskar Schindler,  ex-militar, filiado ao nazismo, bem relacionado com os oficiais alemães  mas que conserva um resquício de humanidade em seu caráter.
Ele cria um mecanismo – uma suposta fábrica de artefatos de guerra – para salvar judeus encaminhados aos campos de extermínio.

Há passagens muito tocantes e simbólicas, como a figura de uma garotinha que, contrariando o preto e branco de todo o filme, aparece com um casaco vermelho.
Para mim, significa o momento em que Schindler compreende a atrocidade que está sendo cometida e resolve interferir. Além do mais, o diretor Steven Spielberg é também judeu e suas lembranças devem ser bem tristes, eliminando qualquer suavidade ou alegria que o colorido pudesse trazer.


Fiquei emocionada de verdade - de chorar, sabe como é - quando algumas crianças separadas das mães conseguem driblar a vigilância dos soldados e procuram os lugares mais horrorosos e imundos para esconderijos.
São muitos os trechos comoventes.
O beijo de Schindler - na comemoração de seu aniversário, diante dos oficiais alemães - em uma mulher judia, atitude que o leva à prisão por algum tempo;  a confecção das listas com os nomes das pessoas que deverão ser resgatadas; sua indignação e desespero ao retirar as crianças dos campos alegando em voz autoritária que elas eram "suas funcionárias", pois suas mãozinhas serviam para polir as cápsulas de poucos centímetros... e muitas mais.
Enfim, um belo filme.


Algumas frases impactantes em diálogos bem bonitos:
"O nome escrito na lista de Schindler é vida; a margem do papel limpa, vazia é o abismo."
"Se esta fábrica produzir cápsulas que possam ser usadas eu ficarei muito triste." 
"Eu deveria ter salvado muitos mais, muitos mais..."

E o final maravilhoso, a última cena, então sim, colorida, com os verdadeiros "judeus de Schindler" e alguns descendentes, prestando-lhe uma última homenagem, depositando pedrinhas em seu túmulo.


Às vezes, é necessário relembrar que o ser humano é capaz das coisas mais sublimes mas também das piores baixezas.
O mundo atual não me parece tão melhor assim; apenas substituiu os preconceitos.

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