domingo, 24 de novembro de 2013

Papo furado nesse domingo nublado...


Fui preparar o almoço e comecei a retirar os ingredientes da geladeira.  Lembrei-me, então, de um dia desses em que fui ao mercado aqui perto de casa, um estabelecimento bem simples, acanhado mesmo, sem as novidades e modernidades dos supermercados nas cidades maiores aonde costumo ir com minhas filhas.

Por momentos esqueci-me de onde estava e fiquei procurando alguns produtos que não encontrava.
Até que fui à seção do açougue, onde me atendeu, como sempre, um senhorzinho - idoso, mesmo, mais que eu - sempre muito atencioso e gentil. Pedi peito de frango desossado... e ele disse que  não estava na vitrine porque chegara há poucos minutos e ainda teria que ser limpo.
Tudo bem.

Procurei por azeitonas sem caroços e o rapaz da seção de frios informou que a granel não tinha, mas que talvez encontrasse nas gôndolas onde havia a embalagem em vidro com as desejadas azeitonas descaroçadas.

Cheguei à seção de hortifruti e pensei em levar alguns legumes e/ou verduras já descascados e/ou picados (como a couve mineira já picada bem fininho). Não tinha. Só "in natura", com aquela terrinha nas raízes - produto natural, gente, da melhor qualidade! - para as verdadeiras donas de casa e não uma 'rastaquera' igual a mim, descascar e cortar/picar a seu jeito.

Reparei que o tal senhorzinho do açougue acompanhava, pelos cantos dos olhos, o meu passeio infrutífero (só agora vi o trocadilho, desculpem).

Aí, deu o "estalo". Caramba! A gente está ficando muito folgada e preguiçosa mesmo! Só queremos moleza!...

Meio sem graça, voltei ao açougue e, para não perder a viagem, pedi-lhe que preparasse uma porção de carne moída. Juro que senti uma ponta de ironia fina na voz dele quando me perguntou:
- A madame quer que passe pela máquina duas vezes?  


Xiiii... hahaha!!!

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