Jardim de Infância
Robert Fulghum
Na verdade, a sabedoria não está lá no alto morro da Faculdade, mas sim bem ali, na caixa de areia da escolinha.
As coisas que aprendi foram estas:
- reparta as coisas
- jogue limpo
- não bata nos outros
- ponha as coisas de volta onde as encontrou
- limpe a bagunça que você fez
- não pegue coisas que não são suas,
- diga que você sente muito quando, sem querer, machucar alguém
- lave as mãos antes de comer
- coma biscoitos e beba leite quentinho porque fazem bem
- puxe a descarga
- quando sair por ai preste atenção no trânsito e caminhe, de mãos dadas, junto com os outros.
- Lembre-se do feijãozinho no algodão molhado, no copinho plástico. As raízes crescem por baixo e ninguém sabe como e por que, mas todos somos assim.
- Peixinhos dourados, porquinhos da Índia, ratinhos brancos e mesmo o feijãozinho do copinho plástico – todos morrem. Nós também.
- Observe os milagres acontecerem ao seu redor.
- Lembre-se do livro do Joãozinho e Maria e a primeira palavra que você aprendeu, sem perceber:
OLHE!
- Viva uma vida equilibrada: aprenda um pouco, pense um pouco, desenhe e pinte e cante e dance e brinque e trabalhe um pouco... Todos os dias.
- Tire um cochilo todas as tardes.
Tudo estava ali.
As regras básicas do convívio humano, o amor, os princípios de higiene; ecologia, política e saúde.
Pense como o mundo seria melhor se todos, todo mundo na hora do lanche tomasse um copo de leite com biscoitos e depois pegasse o seu cobertorzinho e tirasse uma soneca.
Ou se tivéssemos uma regra básica, na nossa nação e em todas as nações, de por as coisas de volta nos lugares onde as encontramos e de limpar a nossa própria bagunça.
E será sempre verdade, não importa quantos anos você tenha: se você sair por aí, pelo mundo afora, o melhor mesmo é poder dar as mãos aos outros, e caminhar sempre juntos.
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