domingo, 30 de junho de 2013

Filme "O OVO DA SERPENTE"

O OVO DA SERPENTE

Título Original: The Serpent´s Egg
Gênero: Suspense
Direção: Ingmar Bergman
Elenco: David Carradine, Liv Ullmann, Heinz Bennent, Gert Fröbe

Abel Rosenberg, um trapezista judeu desempregado, está em Berlim em Novembro de 1923 para tentar descobrir a razão do suicídio de seu irmão.
A Alemanha está em crise na república de Waimar em razão da primeira guerra mundial.
O povo vive em constantes crises existenciais, econômicas e sociais, o poder político está em franco declínio e os cidadãos vivem sem uma perspectiva de futuro.
Neste ambiente de caos o “ovo da serpente” encontra ambiente propício para ser chocado e eclodir com força e mudar os destinos do mundo e da Alemanha.
Abel encontra abrigo em um apartamento de um cientista que também lhe oferece um emprego.
Sua cunhada vive como corista em uma boate de quinta categoria e mora em uma pensão e ambos acabam se relacionando nesta semana tumultuada.
A solidão de ambos, a miséria em que vivem e o futuro sem futuro os colocam numa situação constrangedora de viver um caso tumultuado.
No trabalho Abel desconfia que alguma coisa está errada e, ao investigar o tal cientista, descobre que ele está fazendo experiências humanas em nome da ciência médica e da supremacia ariana e encontra respostas para o suicídio do irmão.

A fome, o desemprego, a superinflação e a violência urbana criam situações de desespero geral aumentando o descontentamento de uma nação criando assim um ambiente favorável para que Hitler encontre eco a sua megalomania de um poder absoluto e tirano.
Acima de tudo, encontra um povo disposto a elevá-lo ao topo da hierarquia indiferente aos seus métodos racistas e cruéis.
Um retrato fiel de uma Alemanha em crise e uma profunda reflexão sobre as origens do nazismo.

O título do filme é uma síntese perfeita das condições que permitiu o surgimento de Hitler e seu regime nazista.

Não é um filme para se assistir indiferente e a reflexão se faz necessária até para que não venhamos a cair na mesma armadilha de sermos salvos por falsos heróis e salvadores da pátria egocêntricos e racistas.
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