quarta-feira, 21 de novembro de 2012

"MUDAM-SE OS TEMPOS, MUDAM-SE AS VONTADES..." (Camões)




Num encontro casual, dia desses, uma sobrinha  me trouxe notícias de um amigo. Moramos em cidades muito próximas, mas não nos vemos - esse amigo e eu - há muito tempo. Fiquei contente em saber que ele está bem e se lembra de mim com carinho.

Tenho uma trajetória esquisita : encontros e afastamentos sem despedidas. Deixo-me levar pelas circunstâncias, não questiono o motivo de várias, várias vezes, a roda girar e eu me encontrar em lugares e situações sempre novas, tendo que me adaptar a essas mudanças. E me adapto bem.

É um exercício e tanto e me prendo às palavras de Cecília Meireles numa possível explicação: "A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade." 

Verdade, só não sou capaz de definir com essa agudeza de espírito, com esse toque refinado da poesia. Talvez por isso eu goste tanto dos poetas e escritores; talvez por isso eu passe tanto tempo em companhia deles.
Ali encontro "não a explicação (duvidosa) da vida, / mas a poesia (inexplicável) da vida...." (Drummond).



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