Tô aqui nem vermelha, nem verde, nem bege.
Tô apenas aqui lembrando alguns ditados - sábios ditados - da vovó: ' a pressa é inimiga..." , "apressado come quente ", essas coisas.
Ainda vem muita tramoia por aí... Tudo mal costurado, mal alinhavado e - perdoem o trocadilho - mal lavado.
Até nosso grande escritor Graciliano Ramos (em outro contexto, por favor), observava com atenção o capricho de um trabalho bem feito:
"...o modo como as lavadeiras lá de Alagoas fazem em seu ofício.
Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer.
Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes.
Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando água com a mão.
Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota.
Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar."
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